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Olimpíadas científicas impulsionam desenvolvimento de estudantes do IFMS

Premiados na Olímpiada de Matemática das Instituições Federais (OMIF) falam sobre benefícios e desafios das competições de conhecimento

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Redação
Estudantes do IFMS comemoram premiações na OMIF 2023, disputada em Cuiabá (MT) - (Foto: Divulgação)

A participação em olimpíadas do conhecimento tornou-se uma ferramenta importante no processo de ensino e aprendizagem no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). Estudantes e professores relatam que as competições contribuem para o desenvolvimento de habilidades, como resolução de problemas, pensamento lógico, trabalho em equipe e gestão do tempo. Além disso, proporcionam experiências que favorecem o crescimento pessoal e a capacidade de lidar com desafios.

Uma série de projetos de incentivo à participação nas olimpíadas de conhecimento está em andamento no IFMS porque foram selecionados no edital de fomento da Pró-Reitoria de Pesquisa Inovação e Pós-Graduação (Propi). Dentre os eventos que os estudantes participaram estão a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e a Olimpíada de Matemática das Instituições Federais (OMIF).

“Os estudantes têm a oportunidade de conhecer outros jovens talentosos, bem como profissionais da área, criando uma rede de contatos que pode ser valiosa para seu futuro acadêmico e profissional. A participação em olimpíadas científicas é uma excelente forma de incentivar o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes, preparando-os para desafios futuros e carreiras de sucesso em diferentes áreas do conhecimento”, explica Roselene Ferreira, pró-reitora de Pesquisa, Inovação e Pós Graduação.

Um dos projetos desenvolvidos por meio do edital é o 'Jornada Científica: Rumo às Olimpíadas Nacionais com o IFMS-, do Campus Ponta Porã. Atualmente coordenado pelo professor Willian Carvalho, o projeto oferece aulas semanais de treinamento e busca recursos para financiar as viagens para as competições de Matemática.

Segundo o Professor Willian, as olimpíadas fomentam o interesse por ciência, tecnologia, engenharia e matemática, preparam os estudantes para enfrentar os desafios do século XXI e contribuem para o desenvolvimento acadêmico e profissional do país. “A OBR estimula o desenvolvimento de habilidades em robótica, o trabalho em equipe, a criatividade e a resolução de problemas. A OMIF é um ambiente desafiador para estudantes, incentiva a integração entre os participantes e reconhece talentos na área. Já a OBMEP promove a inclusão social, identifica jovens talentosos e melhora a qualidade do ensino básico”, explica o professor.

Estudante                                                                     Campus                               Orientador                                                Prêmio
Marcos Paulo Santos Ferreira de Andrade        Campo Grande                   Elton da Silva Paiva Valiente                 Menção honrosa
Luca Seiki Pereira Fuji                                               Ponta Porã                             Bruno Astrolino                                Medalha de Prata

Guilherme Oliveira de Souza                                    Dourados                      Florisvaldo de Oliveira Rocha
João Nathan Alves de Andrade
 

Luca exibe a medalha durante a cerimônia de premiação da OMIF 2023 - (Foto: Arquivo Pessoal)

A medalha de bronze na OMIF e a menção honrosa na OBMEP, ambas realizadas em 2022, revelaram a habilidade do estudante Luca, do Campus Ponta Porã, com a Matemática. Os resultados foram tão satisfatórios que, no ano seguinte, o jovem atuou como monitor bolsista da disciplina no curso técnico integrado em Informática.

Com um horário semanal no laboratório de Matemática e Física, o estudante tirava dúvidas de colegas e treinava a escrita para as competições. O esforço resultou na medalha de prata nas edições 2023 da OBMEP e na OMIF.

Luca avalia que gostar da disciplina é fundamental para lidar com questões que afligem os estudantes em competições de conhecimento. “É muito comum estudantes de olimpíadas sentirem falta de auto confiança, ou insegurança, e foi muito importante para mim andar de cabeça erguida e gostar de Matemática para lidar com isso”, complementa.

O professor Bruno Astrolino, orientador de Luca, explica que os maiores desafios nos projetos olímpicos são o planejamento e o custeio das eventuais viagens dos classificados, além da dificuldade de manter o interesse dos estudantes. “Mas todos os que se dispõem a participar têm uma melhora significativa na escrita e no pensar matemático, o que se reflete no aumento das notas das avaliações das disciplinas regulares, principalmente na área de Exatas”, analisa.

Guilherme exibe a medalha conquistada na OMIF 2023 ao lado da mãe, Auricleia de Oliveira - (Foto: Arquivo Pessoal)

Estudante do curso técnico integrado em Informática do Campus Dourados, Guilherme equilibrou a rotina de estudos com uma preparação intensa para a OMIF 2023, na qual também foi medalhista de prata. Diariamente, dedicava algumas horas para revisar conceitos fundamentais, resolver problemas complexos e analisar provas anteriores.

"Conhecer a olimpíada é primordial, o formato e suas regras ajudam a saber o que vou vivenciar no dia da prova. Peguei exemplos de provas anteriores e mantive uma rotina e um planejamento de estudo para não me sobrecarregar e também para reduzir a ansiedade", compartilha.

No entanto, ele diz enfrentar obstáculos significativos, especialmente relacionados ao foco, uma vez que possui Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). "Meu maior desafio é manter o foco, pois para quem tem TDAH, é uma barreira a ser enfrentada, além da interação social".

O orientador de Guilherme, professor Florisvaldo Rocha, explica que no campus foi montado um grupo de estudo para resolver provas antigas da OMIF, bem como da OBMEP. “No caso do Guilherme, pedi que fizesse um estudo de resolução das provas antigas da OMIF. Ele tem um bom raciocínio lógico matemático e apoio da família. A mãe é uma guerreira, sustenta a casa sozinha, e faz curso de marketing no IFMS”.

Marcos durante a cerimônia de premiação da OMIF 2023 - (Foto: Arquivo Pessoal)

Marcos é estudante do curso técnico integrado de Informática, na capital, e organiza a rotina de estudos com cuidado. Orientado pelo professor Elton Valiente, o jovem dedica horas diárias à Matemática e outras disciplinas. Na edição 2023 da OMIF, recebeu o certificado de menção honrosa. "Minha motivação para participar veio principalmente do meu interesse e paixão pelas olimpíadas. Sempre fui atraído pela intensidade da competição e pela oportunidade de me desafiar em um cenário global. Participar de uma olimpíada é uma experiência que me permite crescer tanto pessoal quanto academicamente", comenta.

O estudante avalia que a premiação nas olimpíadas traz uma série de benefícios significativos. "Pode ser útil de várias maneiras. Além do reconhecimento e da validação do meu esforço e dedicação, pode abrir portas para oportunidades futuras, como bolsas de estudo ou convites para eventos e competições", finaliza.

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