Obra de três décadas, Centro de Belas Artes tem serviços a serem refeitos
Busca por serviços que não estão na planilha original complicam o processo, segundo secretaria

A construção do Centro de Belas Artes, no prédio projetado para ser uma rodoviária no Bairro Cabreúva, em Campo Grande (MS), se arrasta há pouco mais de três décadas. Conforme a prefeitura, o local tem muito serviço a ser refeito, daí a dificuldade em apontar uma nova previsão para entrega.
A obra está na lista das inacabadas da Capital e segue em ritmo lento. A demora, inclusive, foi debatida em recente audiência na Câmara Municipal. O vereador Ronilço Guerreiro, presidente da Comissão Permanente de Cultura da Casa de Leis, acompanha o andamento dessa obra e lamentou os prejuízos com a destruição do que já havia sido construído.
O parlamentar lembrou que o projeto foi alterado e chegou a ficar 87% executado. “Em 2013, tinha portas, janelas, 87% da obra executada. Tinha um tablado de madeira, em que colocaram fogo. Era algo lindo que Campo Grande merecia. A empresa saiu, não colocou ninguém para cuidar da obra e destruíram tudo. Quem vai pagar tudo aquilo que a cidade perdeu?”, questionou o vereador Ronilço Guerreiro.
O vereador Ronilço Guerreiro defende um plano de estado para continuidade nas obras. “Não adianta começar uma obra sem terminar outra. Hoje acompanhamos a situação em que faz projeto, lança, mas obra não sai”, disse. Na audiência, foi divulgada lista das obras paradas na Capital, são 34; conheça a lista.
Prefeitura - O secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos Domingos Sahib Neto afirmou que o Centro de Belas Artes tem muito serviço a ser refeito, como adaptação de instalação, troca forro. “Temos que buscar serviço que não está na planilha, então precisamos quantificar, orçar, publicar termo aditivo e aí executar”, disse.
A subsecretária Catiana Sabadin acrescentou que a obra do Centro de Belas Artes estava com problema de projeto relacionado a uma fundação. “Era uma reforma e como trata-se de recurso federal temos um rito no processo. Temos que ter contratação, passar pelo crivo da Caixa Econômica Federal, que é a gestora do recurso, e, então, vamos fazer a reprogramação da obra para empresa executar", disse.
Catiana Sabadin mencionou que somente esse processo leva em torno de 9 meses. Ela citou que o projeto foi alterado e a empresa está voltando num ritmo melhor.
História de 32 anos - Iniciada em 1991, a obra seria originalmente a nova rodoviária de Campo Grande, mas brigas judiciais complicaram a execução do empreendimento ainda nos anos 1990. Em 2026, a prefeitura da Capital decidiu dar um novo rumo ao local, transformá-lo em um Centro de Belas Artes, porém, tal projeto ainda não foi concluído e segue se arrastando.
A obra chegou a ficar parada por nove anos, e foi retomada em Fevereiro de 2022, com previsão de ficar pronta até o mês de Dezembro daquele ano, o que não aconteceu. Na a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos anunciou a conclusão de 2,6 mil metros quadrados.
O projeto, que foi readequado pelos arquitetos da Sisep, prevê intervenções no subsolo onde, em princípio, poderá funcionar o Arquivo Histórico Municipal e o 1º andar, que poderá abrigar a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. No subsolo, há espaço para o acervo do arquivo municipal e biblioteca. Ainda no 1º andar estão previstas salas de dança, duas salas de multiuso (uma delas com 650 lugares) e um auditório com 124 lugares.
Como parte do Reviva Mais Campo Grande, num entorno próxima ao Belas Artes, a Prefeitura pretende construir 498 apartamentos destinados a famílias com renda de até 5 salários mínimos.
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