MPT-MS capacita servidores da assistência social e firma parcerias
Foram realizadas visitas nas delegacias de PC desses municípios a fim de discutir estratégias para combater o trabalho análogo à escravidão
| Laura Cação
Cansados, desorientados, perdidos em relação ao futuro. Esse é o cenário psicossocial de quem sobreviveu durante meses, até mesmo anos, em condições degradantes de trabalho, longe do apoio, da vigilância e de qualquer ajuda que poderia ter aliviado seu sofrimento.
Esses trabalhadores, submetidos a um regime de exploração análogo à escravidão, muitas vezes se sentem menos que humanos, com suas identidades apagadas pelo constante abuso.
Essas pessoas são assombrados por traumas profundos, presos em um ciclo de desesperança e submissão, enraizado em suas mentes. Há também aqueles que, tendo herdado a escravidão dos seus antepassados e nascido nessa condição, sequer percebem que são escravos. O que torna essencial o resgate físico, oferecer também o apoio psicológico, proporcionando-os o acompanhamento necessário para que possam reconstruir suas vidas com dignidade.
Diante disso, o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS), por meio da Coordenadoria Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (CONAETE), realizou entre os dias 21 e 23 de maio uma operação que incluiu treinamentos para 44 servidores da Rede Socioassistencial dos municípios de Amambai, Coronel Sapucaia e Paranhos, localizados na região sul do estado, fronteira com o Paraguai.
Foram realizadas visitas institucionais nas delegacias de Polícia Civil desses municípios a fim de estreitar relações e discutir estratégias conjuntas para combater o trabalho análogo à escravidão na região.
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