MPMS e Procon orientam sobre o atendimento a grupos prioritários
Campanha foi lançada durante mesa-redonda em Campo Grande


Que mundo queremos deixar para nossos filhos? Essa foi uma das provocações positivas que a Promotora de Justiça Paula Volpe fez a um grupo de empresários nesta manhã, em Campo Grande, ao discorrer sobre a legislação a respeito do atendimento a grupos prioritários, seja em espaços do poder público ou da iniciativa privada. Ela falou sobre o tema durante mesa-redonda intitulada “Criando Conexões Inclusivas no Mercado de Consumo”.
Durante a conversa, com os representantes do Procon, Angelo Motti e Rosimeire Cecília da Costa, foi lançada uma campanha de orientação ao comércio sobre as regras para garantir atendimento adequado nos estabelecimentos - como lojas, mercados e afins - a idosos, gestantes, pessoas com deficiência, obesos, pessoas com dificuldade de locomoção ou que apresentem neurodiversidades, como crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Idealizada pelo MPMS em parceria com o Procon, a iniciativa vai percorrer as empresas levando um adesivo explicativo sobre as leis que estabelecem as prioridades de atendimento. O material deverá ficar colado em local visível.
Também são apoiadores da atividade o Sindicato Intermunicipal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Mato Grosso do Sul (Sindha MS) e a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBTQIA+ da SAAD.
Importância da conscientização
A Promotora de Justiça Paula Volpe, titular da 67ª Promotoria de Justiça, explicou à plateia o objetivo da regulamentação quanto a quem precisa ser atendido com algum tipo de especificidade. “A lei não existe para beneficiar ninguém, mas para tentar igualar as pessoas que estão em situação de desigualdade — seja por uma condição física, mental ou de mobilidade”, afirmou.
“Não estamos aqui para punir, mas para somar. Por isso, faço questão de participar dessa campanha e conversar com as pessoas. Precisamos entender a importância da empatia e ser multiplicadores dessa informação. Muitas vezes, os próprios clientes não sabem dessas questões. Se explicarmos, eles vão compreender e respeitar. É assim que, no futuro, quando formos nós a precisar, teremos construído uma sociedade mais justa — não por medo da lei, mas por consciência”, declarou aos presentes.
A mesa-redonda foi realizada durante o evento “Workshop Construindo Processos de Excelência: Governança Hoteleira e Hospitalar – Transformando Líderes, Equipes e Experiências”, acompanhado da 2ª Mini Feira e Rodada de Negócios “Criando Conexões”.
Veja Também
Projeto busca padrinhos para crianças corumbaenses em acolhimento
Investimentos da Petrobras reforçam segurança energética
Lei acaba com atenuantes para crimes sexuais contra mulheres
Ministério Público monitora gastos com infância na fronteira
