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Moraes manda soltar ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres

Decisão desta quinta-feira prevê que ele use tornozeleira eletrônica

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Portal R7
(Foto: Walter Campanato/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres.

Moraes determinou que ele use tornozeleira eletrônica, tenha o porte de arma de fogo suspenso, não deixe o país, não use redes sociais e não mantenha contato com outros investigados no inquérito sobre o 8 de Janeiro. Ele também deve permanecer afastado do cargo de delegado da Polícia Federal.

Entre as obrigações impostas a Torres, está a de comparecer todas as segundas-feiras à Vara de Execuções Penais do DF e de ficar em casa à noite e nos finais de semana, além da proibição de deixar a capital federal.

Torres foi preso assim que desembarcou no Aeroporto de Brasília vindo dos Estados Unidos, onde estava de férias com a família. A suspeita é que ele tenha se omitido em relação aos atos extremistas de 8 de janeiro em Brasília, quando vândalos invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

O ex-secretário estava em uma cela especial no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), no mesmo terreno do 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, Distrito Federal.

Segundo Moraes, os motivos para a detenção de Torres "cessaram" porque a prisão preventiva já alcançou sua finalidade com a realização de novas diligências policiais. "No atual momento, portanto, a manutenção da prisão não mais se revela adequada e proporcional, podendo ser eficazmente substituída por medidas alternativas", afirma.

O advogado de Torres, Eumar Novacki, disse que "o maior interessado na apuração célere dos fatos é o próprio Anderson Torres". "Recebemos com serenidade e respeito a decisão do ministro Alexandre de Moraes de conceder liberdade ao dr. Anderson Torres. A defesa reitera sua confiança na Justiça e seu respeito irrestrito ao Supremo Tribunal Federal", afirma, em nota. Novacki, no entanto, errou a data de prisão do ex-secretário — detido em 14 de janeiro.

Investigações
No primeiro depoimento à Polícia Federal, em 18 de janeiro, Anderson Torres permaneceu calado. Em 3 de fevereiro, ele aceitou depor e falou por cerca de dez horas sobre os atos de extremismo em Brasília e afirmou que houve "falha grave" da atuação da Polícia Militar do DF naquele dia.

Além da omissão em 8 de janeiro, Torres é alvo de uma investigação da Polícia Federal que apura se ele interferiu na Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições do ano passado. No depoimento prestado sobre o caso, o ex-ministro negou ter interferência no órgão durante o período eleitoral.

(Com informações Portal R7)

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