Moradores da Aguadinha sofrem com 'buraqueira" e matagal
Carros, ônibus e até viatura policial já ficaram atolados nas crateras
Na Comunidade Aguadinha, na região do Jardim Noroeste, em Campo Grande (MS), a falta de estrutura deixa as lutas do dia a dia ainda mais pesadas para os moradores.
A Rua Renato Takayassu, linha de ônibus, é o retrato perfeito da situação. As crateras enormes são um desafio para o tráfego de veículos. Além disso, o matagal toma conta da via.
"Carros, ônibus e até viatura policial já ficaram atolados nestas crateras. Quando chove, a situação se agrava", comenta a presidente da associação dos moradores Leliane Barros, que acionou a reportagem para mostrar os problemas.
O ponto de ônibus foi colocado no meio da rua, junto ao matagal. "Ele está mal posicionado", analisa a líder comunitária. Leliane a outros moradores já ouviram rumores de que estaria em estudo a retirada da linha de ônibus da Renato Takayassu como forma de evitar acidentes nas crateras.
"Estamos com medo de perder o coletivo que só passaria a circular em ruas distantes lá em cima, onde há mais condições de tráfego. Mas e aí, como ficam os moradores aqui?", questiona.
Uma mulher que mora na Renato Takayassu, pediu para não ser identificada, mas relatou o drama que tem vivido. "Todos os dias saio antes do sol raiar para esperar o ônibus. Imagina ter que ficar aqui no escuro cercada pelo matagal para esperar o ônibus", reclama.
A mesma mulher conta que seus familiares já se depararam com escorpiões e cobras nas proximidades das casas. "Temos muito receio pelas crianças. Além disso, tem vizinhos com dengue, o que se prova que o bairro está abandonado", conta.
No bairro, moram 115 famílias, com 131 crianças, segundo levantamento feito por Leliane.
Outra queixa da presidente da associação é voltada ao próprios moradores, já que alguns deles estariam descartando entulhos e lixo nas crateras o que só piora o quadro na Aguadinha. “Já disse que estão prejudicando a própria comunidade quando fazem isso.”
A líder comunitária conta que desde o ano passado já encaminho cinco ofícios para a Sisep pedindo providências. Ela também bateu às portas da Câmara Municipal e Assembleia Legislativa enviando solicitações de mediação às quais não obtiveram qualquer resposta.
Poder Público - O Diário Digital entrou em contato com a prefeitura e segue aberto ao posicionamento.
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