Ministério da Saúde inicia o "Mês de Vacinação dos Povos Indígenas"
Saúde quer vacinar 130 mil indígenas até 12 de maio
Durante um evento realizado na Aldeia Kuahi, situada na Terra Indígena Uaçá, próxima ao Oiapoque, no estado do Amapá, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, oficializou o início das obras para a construção de uma Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) na Aldeia Espírito Santo. Segundo o Ministério da Saúde, a expectativa é que cerca de 708 pessoas sejam beneficiadas com essa estrutura.
Atualmente, a Aldeia Espírito Santo abriga 19 famílias, totalizando 85 moradores. Durante o evento, o Ministério da Saúde informou que serão administradas aproximadamente 2,7 mil doses de vacinas de rotina. Posteriormente, esses imunizantes serão distribuídos aos polos-base localizados no Oiapoque. Além disso, serão disponibilizadas outras 1.140 doses da vacina contra a COVID-19 no local.
Dentre as vacinas oferecidas, estão incluídas a BCG, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), pneumo 23, poliomielite, varicela, difteria e tétano, meningo ACWY, meningocócica C, poliomielite oral, rotavírus, HPV, pentavalente, pneumo 10 e DTPA (para gestantes).
Além das vacinas, serão disponibilizados diversos outros serviços de saúde, incluindo atendimentos odontológicos, distribuição de medicamentos, consultas com fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais, testes rápidos para detecção de doenças como malária, e orientações sobre dengue.
Como parte das atividades planejadas, está previsto o início da instalação de antenas de internet em diversas aldeias e postos de saúde indígena na região. Ao todo, 12 localidades serão contempladas com equipamentos de internet de alta velocidade, visando melhorar o acesso à informação e comunicação nessas comunidades.
Além disso, durante o evento, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinará um contrato para a criação do Centro Transfronteiriço de Vigilância em Saúde. O objetivo deste centro é aprimorar o monitoramento e a prevenção de doenças transmissíveis na região entre o Amapá e a Guiana Francesa. Para garantir uma resposta rápida e eficaz em ambos os países, será construído o Laboratório de Fronteira, aumentando a capacidade de prevenção e resposta a surtos e epidemias, especialmente diante de casos de dengue, malária, COVID-19, gripe, rubéola, HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Este projeto visa evitar a propagação de doenças para além das fronteiras e favorecer a troca de informações estratégicas entre os dois países para o controle e prevenção de doenças.
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