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Ministério da Saúde divulga teste para detecção de HPV em mulheres, inovador

A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec)

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Laura Cação
Fachada do Ministério da Saúde (Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em nota o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS), um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pelo próprio como inovador. A tecnologia utilizada na testagem molecular detecta o vírus e rastreia o câncer de colo de útero. A informação foi publicada nesta sexta-feira (8) no Diário Oficial da União

O Ministério informou, em Brasília, ter investido R$ 18 milhões no projeto piloto que utilizou o teste ao longo de 2023 em Pernambuco. 

HPV é considerado atualmente uma infecção sexualmente transmissível e é a mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer do colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos. Apesar de se tratar de uma doença que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causadora de morte por câncer entre mulheres, sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

“A decisão de incorporar a estratégia para uso em todo o território nacional é um ganho para as mulheres, já que, além de ser uma tecnologia eficaz para detecção e diagnóstico precoce, traz a vantagem do aumento do intervalo de realização do exame”, explica a nota divulgada. 

Recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a testagem do HPV é considerada peça chave para a detecção de casos de câncer e se encaixa as estratégias propostas pela entidade para a eliminação da doença como problema de saúde pública até 2030. 

Segundo o Ministério da Saúde, enquanto a forma atual de rastreio do HPV, por meio do exame conhecido como Papanicolau, que deve ser realizada a cada três anos e que em caso de detecção de alguma lesão, de forma anual, a testagem proposta pela tecnologia incorporada é recomendada para ser feita a cada cinco anos. “Essa mudança traz melhor adesão e facilita o acesso ao exame”. 

“Embora sejam ofertadas alternativas para prevenção que vão tanto por meio da vacinação contra o HPV, do uso de preservativos nas relações sexuais e da realização do rastreio para diagnóstico precoce, a doença segue como uma das principais causas de morte de mulheres em idade fértil por câncer no Brasil. Na região Norte do país, por exemplo, essa é a principal causa de óbito entre as mulheres”, destaca a pasta.  

A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS. 

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