Menina de 8 anos escreve livro sobre bullying sofrido em escola
"Eu sei que o bullying e o racismo são coisas diferentes mas a dor é a mesma", pontua pequena escritora
Aos oito anos de idade, muitos gostam de brincar de bola, boneca e esconde-esconde, mas Manuela de Ávila Alvarenga, de 8 anos, escreveu um livro.
Após sofrer bullying na escola e ser chamada de Gnomo (uma criatura mitológica que costuma ser representada como pequenos ser), guardou para si a dor do episódio vívido.
Manuela fez aula de reforço ainda na 1ª série e aprendeu a ler e escrever ainda com seis anos. Durante uma viagem à fazenda da avó, Manu, como é carinhosamente chamada, pegou um pedaço de jornal no chão onde estava escrito a história de duas meninas que tiveram sua voz calada pela cor da pele, e isso a impulsionou a escrever sobre o acontecido de dois anos atrás. “Eu sei que o bullying e o racismo são coisas diferentes mas a dor é a mesma”, pontua Manu.
Manuela conta ainda que o objetivo do seu livro, é para que as crianças repensem suas atitudes e que não pratiquem mais o bullying.
A mãe da pequena escritora Quemili de Ávila Rodrigues, de 31 anos, disse a equipe do Diário Digital, que a iniciativa de publicar o livro surgiu da menina, e que de imediato teve o apoio dos pais.
Sendo pega de surpresa com o esboço do livro “o preconceito do gato preto” escrito a lápis e com letra de forma, em papeis de caderno dobrados ao meio, Quemili e o marido que é professor, não tinham ideia de a quem recorrer mas apoiaram a filha.
“Ela tem só oito anos e já tem essa visão tão crítica do mundo. Eu sempre falei que ter filhos é fácil, mas educar é difícil. A gente educa, mas vem o mundo com muitas informações. E ver ela escrevendo isso, pra incentivar outras crianças pra gente romper esse ciclo, que é muito difícil, talvez a gente possa ter uma nova geração, e incentivar outras crianças”, expressa.
O livro ilustrado e próprio para crianças, tem previsão de ficar pronto no dia 15 de junho e será lançado na AACC no dia 21 de junho. Com os custos de lançar um livro acima do orçamento da família, a mãe da Manu teve a ideia de criar uma vaquinha solidária, para ajudar nos custos do livro.
O link para a vaquinha, aos interessados em ajudar, pode ser visualizado na bio do instaram da pequena.
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