Massagista e filho acusados de matar chargista vão a júri popular nesta quinta
Réus são acusados de assassinar e ocultar cadáver do chargista Marco Antônio Borges, em 2020


A massagista Clarice Silvestre de Azevedo, de 46 anos, e o filho João Victor Azevedo, de 22 anos, vão a julgamento nesta quinta-feira, 2 de junho, acusados de assassinar o chargista Marco Antônio Borges, em 2020. A massagista é acusa de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver, pelo qual o filho também responde.
Conforme o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), os réus vão a júri popular pela 1ª Vara do Tribunal do Júri. De acordo com a denúncia, na manhã do dia 21 de novembro de 2020, na rua Padre João Crippa, Bairro São Francisco, a ré matou a vítima e teria destruído e ocultado o cadáver.
João Victor ajudou a mãe a esquartejar o corpo de Marco Antônio e colocá-lo em um mala que seria, posteriormente, descartada em terreno no Jardim Corcovado e queimada. Segundo ela, o crime ocorreu após uma discussão ocorrida na casa onde ele morava e atendia, no bairro Monte Castelo.

A mulher relatou em depoimento que se relacionava com o chargista há cerca de nove meses, mas ele não assumia publicamente. No dia do crime, após uma sessão de massagens, o homem subiu para tomar banho. Ela foi atrás e teria questionado Marco Antônio a respeito de uma foto postada na noite anterior, junto a outra mulher.
Depois, Clarice ficou pelo menos 10 horas com o corpo em casa, esperando o filho dela para ajudar a se desfazer do cadáver. Neste intervalo, comprou sacos de lixo e foi ao bar que fica na esquina da casa onde o crime aconteceu, no Bairro Monte Castelo.
Clarice contou ter deixado tudo pronto para que o filho a ajudasse a esquartejar o corpo e colocar em três malas. Enquanto o rapaz fazia o serviço a pedido da mãe, ela limpava a sujeira. Foi só na madrugada de domingo que eles levaram as malas a uma casa abandonada, no Jardim Corcovado, e colocaram fogo.
Um dia depois da prisão da massagista e a confissão dela, a polícia foi até a casa onde Clarice vivia e realizou testes de luminol para verificar a presença de sangue. Ela foi submetida a exame de insanidade mental, que atestou que os “impulsos hostis” descritos pela defesa da massagista não estão relacionados a transtorno mental, mas sim, a personalidade da acusada que, conforme laudo, é perfeitamente capaz de compreender “o caráter ilícito de sua conduta”.
A acusada responde ao processo presa preventivamente, enquanto João Victor está em local incerto e foi intimado por edital para comparecer ao júri.
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