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'Justiça seja feita', diz pai de Sophia brutalmente morta aos 2 anos

Audiência no Fórum da Capital toma depoimento da última testemunha e dos réus

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Marina Romualdo
Jean Carlos Ocampo, de blusa verde, ao lado do marido Igor (Foto: Luiz Alberto)

A última audiência de instrução do processo penal pela morte da menina Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos e 7 meses, é realizada no Fórum de Campo Grande (MS) nesta quinta-feira, dia 28 de Setembro. Prestam depoimentos os acusados pelo crime o padrasto, Christian Campocano Leitheim, de 25 anos e a mãe, Stephanie de Jesus da Silva, de 24, além de uma testemunha de defesa.

O pai da criança Jean Carlos Ocampo compareceu para assistir aos depoimentos. Ele estava acompanhado pelo marido, Igor de Andrade e pela advogada Janice Andrade. O casal chegou a pedir a guarda da criança na Justiça meses antes do crime, mas não obteve decisão favorável.

Jean Carlos falou das expectativas para o julgamento. "Só espero que Justiça seja feita. Foi desumano o que fizeram com a Sophia. Não desejo isso a ninguém", disse emocionando-se. Sophia teria sido estuprada e morta brutalmente.

O laudo de necrópsia confirmou que a Sophia foi morreu em decorrência de um traumatismo raquimedular, isto é, lesão na coluna vertebral. Foi constatado que a criança também foi estuprada, porém, “não recente”. Além disso, a bebê foi morta entre 9h e 10h, mas só foi levada para unidade de saúde às 17h.

(Foto: Reprodução)

A advogada lembrou que Stephanie e Christian, além de serem réus pela morte da criança, respondem a outro processo por tortura na justiça especializada. "Ficou demonstrado no processo que a criança sofreu por maios de um ano agressões reiteradas. Foram feitas três denuncias conselho tutelar e registros na DEPCA", mencionou. "Agora estamos aqui para impedir que os acusados não sejam punidos", completou.

Na tarde do dia 26 de fevereiro, a mãe da pequena a levou já morta à UPA Coronel Antonino na Capital. A criança tinha várias lesões pelo corpo e as partes íntimas pareciam excessivamente dilatadas. A suspeita de estupro foi confirmada.

Ao ser informada sobre o óbito, a mãe não teria esboçado surpresa ou remorso, segundo descreve o registro policial. A Polícia Civil afirma que as investigações apontam que o padrasto teria orientado a genitora a dizer que a criança “caiu do playground [parquinho]”.

Com todas as constatações, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou Stephanie e Christian por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Além do homicídio, Stephanie foi denunciada pela omissão de socorro da menina.

(Foto: Luiz Alberto)

 

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