Juízas de MS recebem prêmio do CNJ pela defesa de vítimas de violência

As juízas Helena Alice Machado Coelho e Jacqueline Machado receberam, nesta terça-feira, dia 30 de agosto, o Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral, que reconhece iniciativas de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. A solenidade de entrega da premiação foi transmitida pelo canal do CNJ no YouTube.

Helena Alice conquistou o segundo lugar na categoria Magistrados, com o projeto "O Kunhã Kuery! Nhâmbopaha Jeiko Asy", uma ação preventiva destinada à população indígena, em especial às mulheres vítimas de violência. Questionada sobre o fato de ganhar prêmio tão significativo, ela não escondeu a felicidade em ver as iniciativas nacionalmente reconhecidas.

“Tivemos a dobradinha na categoria Magistrados, mas o trabalho é de toda a equipe da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em MS”, ressaltou.

A juíza Jacqueline Machado, titular da primeira Vara de Medidas Protetivas no Brasil, instalada na Casa da Mulher Brasileira, ficou com a terceira colocação, também na categoria Magistrados, com o projeto "Protetivas On-line".

Importante lembrar que esta não é a primeira vez que o Protetivas On-line conquista prêmios. Em 2021, no Ideathon - competição idealizada pelo Laboratório de Inovação e Inteligência da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB Lab), o projeto ficou em primeiro lugar.

Disponível no portal do TJMS, o Protetivas On-line é um canal gratuito de atendimento que pretende ser um recurso rápido e de fácil acesso às mulheres que estão sofrendo algum tipo de violência dentro de casa no período de pandemia, no qual o distanciamento social diminuiu, muitas vezes, as possibilidades de buscarem ajuda.

Saiba mais – Instituído em 2021, o Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral contempla projetos em seis categorias: tribunais, magistrados, atores do sistema de Justiça Criminal, organizações não governamentais, mídia e produção acadêmica.

O Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral promove uma maior conscientização quanto à necessidade de permanente vigília para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. A iniciativa tem o nome da juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) Viviane Vieira do Amaral, assassinada pelo ex-marido em 2020.