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Juiz manda prender PRF que matou empresário em briga de trânsito em 2016

PRF Moon havia sido condenado em 2019 e recorria à decisão em liberdade

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Victória de Oliveira
Ricardo Hyun Su Moon durante julgamento, em 2019 - (Foto: Luciano Muta/Arquivo/DD)

O juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete ordenou a prisão do policial rodoviário federal (PRF), Ricardo Hyun Su Moon que matou o empresário Adriano Correia do Nascimento a tiros em briga de trânsito. O caso ocorreu em no 31 de dezembro de 2016, na Avenida Ernesto Geisel, esquina com a Rua 26 de Agosto, em Campo Grande. 

O policial havia sido condenado em 2019 a 23 anos de prisão pelo homicídio do empresário e tentativa de homicídio de outras duas pessoas, também ocupantes do veículo no momento da ação. No final da tarde desta sexta-feira, 22 de julho, o juiz Garcete expediu o mandado de prisão de Moon.

O acusado respondia em liberdade. A prisão deve ser realizada pela Delegacia Especializada em Homicídios (DEH), da Polícia Civil. No primeiro julgamento, o juiz pronunciou o policial pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, e duas tentativas de homicídio com as mesmas qualificadoras.

Júri - No julgamento ocorrido em 2019, a defesa do policial declarou que as vítimas estavam embriagadas, além afirmarem que Adriano, o motorista, estava sob efeito de entorpecentes. Mesmo assim, Moon foi condenado pelo homicídio e pelas tentativas de homicídio. 

Caso - A morte do empresário aconteceu quando o policial estava a caminho do trabalho e quase ocorreu uma colisão entre os veículos do policial e de Adriano. Então, ele teria barrado a passagem dos três ocupantes da camionete, quando Adriano manobrou o veículo para sair e Ricardo atirou. Neste momento, um dos passageiros pulou da camionete e fraturou um membro do corpo.

Já o outro ocupante foi atingido por tiros, mas foi socorrido e se recuperou. Adriano, que também foi ferido a tiros, morreu no local. Ricardo foi a júri popular pelo homicídio e acabou condenado a 23 anos de prisão. Ele ainda recorreu da sentença e pediu anulação do julgamento, mas o pedido não foi aceito.

Socorrido inconsciente - Em 08 de março de 2021, “Coreia”, como é conhecido, foi socorrido em estado grave pelo Corpo de Bombeiros em seu apartamento, no bairro Monte Castelo. O PRF foi encaminhado para um hospital particular. 

As equipes dos bombeiros do erviço de Atendimento Móvel de Urgência foram chamadas por volta das 8 horas da manhã e socorreram o policial. Investigadores da 2º Delegacia de Polícia Civil foram até o apartamento que fica em um condomínio no bairro Monte Castelo. A suspeita é de que ele tenha tentado suicídio, mas a hipótese não foi confirmada.

 

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