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Juiz bloqueia R$ 35 milhões para reparar danos de rompimento de barragem

Bloqueio atende pedido da promotoria que busca reparações para as famílias atingidas pelo desastre

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Redação
(Foto: Divulgação/MPE)

Juiz da comarca de Bandeirantes Daniel Foletto Geller  determinou a indisponibilidade de valores e bens, até o limite de R$ 35 milhões, das empresas responsáveis pela represa do loteamento Nasa Park, cuja barragem rompeu em Agosto deste ano afetando moradores vizinhos e causando destruição na rodovia BR-163. O bloqueio atende a pedido da Promotoria de Justiça de Bandeirantes.

A promotoria alega que através de diligências infrutíferas em busca de patrimônio passível de penhora, foi comprovado pelo órgão ministerial, em caráter preliminar, possíveis dificuldades de ressarcimento dos prejuízos causados com o rompimento da represa, ou seja, atestada a insuficiência patrimonial da sociedade empresária para compensar os prejuízos por ela causados.

Na mesma ação, o juízo deferiu ainda o pedido de desconsideração da personalidade jurídica das empresas requeridas, sendo bloqueado o mesmo montante no patrimônio de cada um de seus sócios.

Conforme o documento, a solicitação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) visa salvaguardar recursos financeiros suficientes para reparação integral dos danos sofridos, mormente pela população atingida pelo desastre, que não pode aguardar o transcurso de processo judicial para poder recomeçar suas vidas.

Famílias atingidas protestaram durante audiência no MPE em Agosto (Foto: Luiz Alberto)


No dia 23 de Agosto,  famílias atingidas pela lama protestaram durante audiência no Ministério Público Estadual (MPE). Elas querem ser indenizadas pelos prejuízos materiais que tiveram após o desastre que destruiu casas, plantações e matou animais.

O rompimento da barragem ocorreu na manhã de 20 de Agosto. A lama escorreu por áreas próximas, invadindo residências e alcançou a rodovia BR-163 que precisou ser restaurada. O lago artificial era usado por moradores do Nasa Park. Eles pagavam taxas para praticar esportes náuticos, como moto aquática e jet ski na represa.

Relatórios também apontaram, preliminarmente, a existência de extensos danos ambientais, econômicos e sociais, os quais, além de serem reparados, devem ser mitigados, sob risco de agravamento e, por consequência, de prejuízo irreparável ou de difícil reparação.  

A ação é resultado de visitas técnicas feitas por membros do MPMS, além de documentos elaborados por equipes de órgãos públicos envolvidos nos levantamentos e ainda de reunião realizada, por iniciativa do órgão, com 11 famílias atingidas diretamente pelo rompimento da barragem.

(Foto: Divulgação/MPE)

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