Juiz aceita nova denúncia contra Jamil Name e filho
A Justiça de Mato Grosso do Sul decretou mais uma prisão preventiva de Jamil Name, Jamil Name Filho e outros dois acusados de participação em uma suposta milícia para executar desafetos da família. O pedido feito pelos delegados da força-tarefa da Polícia Civil que investiga a organização criminosa e aceito pelo pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, se refere ao homicídio de Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos. O jovem teria sido morto por engano, no dia 9 de abril, no lugar do pai, o capitão Paulo Roberto Xavier.
“Durante as investigações, ficou demonstrado que todos os representados, em autêntica divisão de tarefas, meticulosamente planejaram a morte de Paulo Roberto Xavier, mas por erro na execução, ceifaram a vida de Matheus”. De acordo com as investigações, Paulo Xavier seria morto “por estar envolvido numa negociação de uma fazenda, tendo pego o dinheiro e sumido com ele", ou uma "possível mudança de lado de Paulo que passou a ajudar o advogado Antônio Augusto, distanciando-se dos NAMES”.
Além dos Names, foi aceita a conversão das prisões temporárias para preventivas de José Moreira Freires, Juanil Miranda Lima, Marcelo Rios e Eurico dos Santos. Vale mencionar que os Name já estão presos no Presídio Federal de Mossoró (RN) em função da Operação Omertà.
Nos autos, os delegados explicam que cada um dos acusados desempenhou um papel no assassinato do jovem Matheus Xavier. Jamil Name e Jamil Name Filho teriam sido os mandantes e determinaram que o guarda municipal Marcelo Rios contratasse os pistoleiros para execução de Paulo Xavier, fornecendo aos executores o veículo e armamento para o crime. José Freires e Juanil Miranda foram os responsáveis pela execução e Eurico colaborou para localização da vítima e contratou um hacker para obter a localização em tempo real de Paulo Xavier.
Milícia Armada - Denúncia do Ministério Público e da Polícia Civil aponta que a organização criminosa está envolvida na prática de crimes que vai desde a cooptação e corrupção de policiais e agentes de segurança até homicídios, tendo como um dos objetivos eliminar desafetos. Segundo a denúncia principal, o grupo iniciou suas atividades a partir de abril de 2018, com uma milícia armada organizada e estruturada com divisão de tarefas, sempre atuando com o mesmo padrão.
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