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Instituto Homem Pantaneiro lança campanha sobre onças-pintadas

Entidade desenvolve pesquisas sobre os hábitos dos animais

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Redação
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(Foto: Wagner Moreno/Divulgação)

Com 20 anos de atuação no Pantanal, o IHP (Instituto Homem Pantaneiro) lançou, neste mês, uma nova campanha de conscientização sobre a importância da onça-pintada. O Brasil abriga a maior população de onça-pintada do mundo, sendo que as maiores populações estão na Amazônia e Pantanal. 

Produtor de natureza, o IHP iniciou, em 2016, o Programa Felinos Pantaneiros. Desde então, o programa já identificou mais de 110 onças-pintadas no Pantanal Sul, além de desenvolver pesquisas sobre os hábitos delas e também das onças-pardas. 

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo explica que o trabalho da instituição é focado na gestão de áreas protegidas, na Serra do Amolar. “A produção de natureza é focada na proteção das áreas para manter o ecossistema completo e, assim, poder promover o ecoturismo para fomentar o desenvolvimento local. Hoje, conseguimos produzir natureza no Pantanal, um patrimônio natural da humanidade”, afirma Rabelo. 

A nova campanha de conscientização lançada pelo IHP ressalta a produção de natureza e a importância da onça-pintada para o bioma. “A onça-pintada é o principal predador na cadeia do bioma. Só temos um ecossistema completo se tivermos a onça-pintada, vivendo em harmonia. E nós temos a onça-pintada, por isso, a necessidade de conservarmos o bioma como um todo”, pontua o presidente do IHP. 

Hoje, a onça-pintada está cada vez mais ameaçada no Pantanal, de acordo com o médico-veterinário e coordenador do Programa Felinos Pantaneiros, Diego Viana. “Esta ameaça é resultado da acelerada intensificação do uso da terra dentro do bioma e áreas adjacentes. As principais ameaças à conservação da onça-pintada são a perda de habitat, caça furtiva, retaliação por depredação de gado, poluição de mineração e pesticidas, aumento das atividades agrícolas e infraestrutura humana”, explica Viana. 

(Foto: Wagner Moreno/Divulgação)

O médico-veterinário explica, ainda, que os incêndios de 2020 foram os mais severos que a Ciência acompanhou. “31% do Pantanal foi queimado e isso afetou 45% da população estimada de onça-pintada, 79% das áreas de vida e 54% das áreas protegidas”, afirma Diego Viana. 

IHP  - Fundado em 2002, o IHP (Instituto Homem Pantaneiro) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua na gestão de áreas, conservação e preservação do Pantanal e da cultura local. Com a missão de “preservar o Pantanal”, o instituto, sediado em Corumbá (MS), encabeça diversas iniciativas em prol do bioma, como a Rede Amolar, criada em 2008. 

A Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar propõe ações de gestão integrada para a proteção de mais de 276 mil hectares no Pantanal. A iniciativa é uma parceria entre IHP, Instituto Acaia Pantanal, Fazenda Santa Tereza, Fundação Ecotrópica, Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense/ICMBio e Polícia Militar Ambiental. 

Entre outras iniciativas desenvolvidas pelo IHP estão: Programa Rede Amolar, Programa Cabeceiras do Pantanal, Amolar Experience, Memorial do Homem Pantaneiro e Brigada Alto Pantanal.

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