Diário Digital
 
Geral

Índios bradam contra derramamento de sangue

|
Redação
AddThis Website Tools

Indígenas e não indígenas participaram no final da tarde desta quinta-feira, 31 de janeiro, de uma manifestação na Praça Ary Coelho, localizada no Centro de Campo Grande. O protesto pacífico clamou pela manutenção de direitos e contra o derramamento de sangue do povo nativo. 

O indígenas lembraram que há 519 anos os povos nativos do Brasil batalham pelo direito de ser o que são dentro de sua própria terra. A campanha “Sangue indígena, nenhuma gota a mais!” tem ações nesta quinta-feira em várias capitais do Brasil e também do mundo. A mobilização tem como lema "O sangue indígena é o sangue do Brasil e nenhuma gota a mais será derramada!"

Para Évelyn Hekeré, membra do conselho Terena do Mato Grosso do Sul, a pergunta ‘pra que índio quer terra?’ deveria ser feita também aos ruralistas. “Fazendeiro quer terra pra que? Pra ganhar dinheiro em cima de um chão que é nosso por direito? Hoje nós temos uma bancada de deputados que se puder manda matar indígena”, conta a Terena que se preocupa com a retirada dos direitos indígenas, já que quem tomou posse da presidência do País é um homem que em campanha disse: “se eu assumir índio não terá mais 1 centímetro de terra”.

No Brasil a população indígena ultrapassa de 90 mil pessoas que vivem em terras que ocupam 12,5% do território do País. Somente no início de 2019 o número de invasões já se intensificou, ao menos oito terras demarcadas, Arara no Pará, Araribóia e Awa no Maranhão, Uru-Eu-Wau-Wau e Karipuna em Rondônia, registraram roubo de madeira, derrubada de florestas para pastagens, abertura de picadas e estabelecimento de lotes para ocupação ilegal, além do ataque à terra indígena em Aracruz no Espírito Santo, do Povo Tupiniquim, depredações e incêndio da escola indígena e do posto de saúde dos Pankararu na Aldeia Caldeirão, em Jatobá, Pernambuco e o ataque com disparos por armas de fogo e ameaças de morte sofridas pela comunidade Guarani Kaiowá em Ponta do Arado Velho, bairro de Belém Novo em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.  

Évelyn explica que este não é um movimento que luta por direitos exclusivos da comunidade, mas sim de todo brasileiro “cada um tem um pouquinho de sangue nosso, seja na mão, seja na veia”.   

Veja Também

Trabalhadores desaparecidos são encontrados mortos após acidente na MS-145

Grupo de dança vogue ocupa a UFMS com arte, resistência e glamour

Homenagem à Helena Meirelles com medalha e diploma se torna permanente

Vivendo no mato e à luz da lua, Aquarius pede socorro, mas não é ouvido; veja vídeos

AddThis Website Tools