Incêndio no Pantanal que devastou 6,1 mil hectares é investigado
Com o objetivo de apontar causas, extensão dos danos e possíveis responsáveis pela queima em área de Reserva Legal sem autorização


Uma investigação da 1ª Promotoria de Justiça de Aquidauana pretende apurar um incêndio de grandes proporções que devastou mais de 6.152,78 hectares no Pantanal sul-mato-grossense. Existe a suspeita que a queima tenha ocorrido sem autorização ambiental, destruindo extensa área do bioma. Dessa forma, com o Inquérito civil, apontar as irregularidades jurídico-ambientais, verificar a extensão dos danos e responsabilizar envolvidos.
O fogo aconteceu em uma fazendo localizada na região do Pantanal de Aquidauana entre o fim de Agosto e o início de Setembro de 2024. Dados obtidos pelo programa "Pantanal em Alerta" do Núcleo de Geoprocessamento (Nugeo) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul apontam que o incêndio atingiu área da fazenda e parte de Reserva Legal da propriedade. A ocorrência foi registrada sem autorização prévia do órgão ambiental competente.
Pela gravidade do caso, a Promotoria da cidade pediu um laudo da perícia do instituto de Criminalística da Sejusp/MS. A partir dos dados preliminares foi possível verificar dano ambiental significativo. Mesmo sem poder apontar a origem exata ou se foi um incêndio proposital, a principal hipótese é que tenha iniciado pela ação humana, seja de forma culposa ou dolosa.
O MPMS formalizou o inquérito civil com base nesses elementos para aprofundar as investigações e confirmar a violação de direitos coletivos e difusos. Com o procedimento, o Ministério Público de MS tem uma ferramenta legal para responsabilizar os possíveis culpados e proteger o meio ambiente.
Independente da comprovação de culpa, conforme legislação ambiental brasileira, a responsabilidade por danos ambientais é objetiva e por risco integral. É dever dos proprietários rurais solicitarem autorização para uso de fogo e utilizar medidas preventivas, ainda mais em áreas delicadas como o Pantanal.
Os proprietários da fazenda, durante inquérito, serão notificados a esclarecer e propor soluções consensuais, como um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Se o acordo não for firmado ou as medidas não sejam suficientes, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul pode ingressar com ação pública exigindo reparação completa da área degradada afim de garantir a preservação do bioma.
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