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Hospital Alfredo Abrãao lança campanha Outubro Rosa com exames de mamografias durante todo o mês

Com o apoio do Sesc Mulher e das Secretarias de Saúde do Município e do Estado, os exames serão ofertados no HCAA entre os dias 2 e 31 de outubro

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Ian Netto e Verônica Anchieta
A cerimônia de lançamento contou a com a participação de autoridades e diretores do hospital (Imagem: Luciano Muta)

Aconteceu na manhã desta terça-feira (01) o lançamento da Campanha do Outubro Rosa de 2024. O evento foi realizado no Hospital Alfredo Abrão e contou com a participação de autoridades e diretores do hospital, referência no tratamento contra o câncer.

Entre as ações que serão realizadas durante o mês, o hospital disponibilizará exames de mamografia para ajudar na prevenção do câncer de mama, estimulando o diagnóstico precoce. Com o apoio do Sesc Mulher e das Secretarias de Saúde do Município e do Estado, os exames serão ofertados no HCAA entre os dias 2 e 31 de outubro (exceto feriados). Serão distribuídas 60 senhas por dia, para mulheres entre 40 e 65 anos, de segunda a sexta-feira.

Para a presidente Sueli Lopes Mendes, o Outubro Rosa tem um papel fundamental na prevenção da doença que mais mata mulheres no Brasil e no mundo.

Sueli Lopes Mendes, presidente do Hospital (Imagem: Luciano Muta)

"Lembrando que o câncer de mama é a neoplasia que mais mata mulheres no Brasil e no mundo. Então, por isso, a importância desse diagnóstico precoce. O diagnóstico precoce salva-vidas", afirmou Sueli durante a coletiva de lançamento da campanha.

O Hospital Alfredo Abrão é referência estadual no tratamento contra o câncer, sendo responsável pelo atendimento de pacientes de todo o estado. "O hospital atende 72% da oncologia do estado de Mato Grosso do Sul. Para você ter uma ideia, de cada 10 pacientes, 7 vêm para o hospital", contou a presidente.

Só este ano, o hospital já atendeu mais de 7 mil mulheres diagnosticadas com câncer de mama, atendendo em média 600 pessoas diariamente, com exames, consultas, quimioterapia, radioterapia, cirurgias e internações.

O médico-cirurgião oncológico Breno Matos Delfino afirma que uma das melhores formas de prevenir a doença é estar atento aos sintomas. Com o diagnóstico precoce, a chance de cura é de mais de 90%.

 Breno Matos Delfino, médico cirurgião (Imagem: Luciano Muta)

"Bom, primeiramente, é importante ressaltar que, em estágios iniciais, o câncer de mama é assintomático. Então, nesses estágios iniciais, a mulher não tem essa percepção. Nos estágios intermediários ou avançados, ela consegue sentir nódulos, lesões, ter descarga papilar, que é uma secreção da mama, e sentir alterações de coloração ou textura da pele. Isso já ocorre em estágios mais avançados. A importância de fazer o diagnóstico precoce é justamente detectar o câncer antes que a mulher apresente qualquer sintoma", relatou o cirurgião.

Raimundinha Oliveira de Souza Silva, de Sidrolândia, há um ano e sete meses trava uma luta contra o câncer. Ela conta que desconfiou da doença após realizar um autoexame em casa e sentir a presença de um caroço na região da mama. Além do caroço, outros sintomas apareceram ao longo do tempo, até que Raimundinha buscou ajuda.

Raimundinha Oliveira, paciente oncológica (Imagem: Luciano Muta) 

"Eu ia para o trabalho, aquele cansaço, que já era o cansaço oncológico, né? Aí foi quando eu fui, tanto que quando cheguei no Hospital do Amor", contou Raimundinha.

Após o diagnóstico, foram longos meses de idas e vindas de Sidrolândia para Campo Grande para realizar o tratamento, até que Raimundinha fosse curada do câncer. "O Hospital do Amor me encaminhou para cá, e fui super bem recebida, graças a Deus. Gosto muito daqui, tanto que eu falo que já é uma segunda casa. Tô curada, graças a Deus! Fiz 12 sessões de quimioterapia, 12 brancas e 4 vermelhas, totalizando 16, mais 5 sessões de radioterapia. Tô curada, graças a Deus."

Após enfrentar a doença, Raimundinha deixa um recado para todas as mulheres sobre a importância do cuidado com a saúde. “Se cuide, se toque, não deixe pra depois. Eu sempre gosto de dizer: viva o hoje como se não houvesse amanhã. Você pensa 'ah, eu vou morrer hoje', e aí vai adiando, adiando... Não. Muitas vezes, o que mata não é a doença, é o psicológico. Você fica pensando 'eu vou morrer, eu vou morrer', e aí chega em casa, olha para um lado, olha para o outro, vê tudo, aí se deita no sofá e se entrega para a doença, entende? Por isso, viva! Viva hoje, viva o Outubro”.

 

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