Horto Florestal recebe hoje Coletivo de Brechós
Coletivo completou oito anos e mais de 250 eventos
Hoje, sábado, dia 02, acontece o Encontro de Brechós no Horto Florestal na entrada pela Av. Ernesto Geisel, em Campo Grande (MS). Peças estão sendo vendidas a partir de cinco reais e evento começou às 8h e tem previsão para encerrar as 14h. Este ano, o Coletivo de Brechós comemora oito anos de história e 250 eventos. evento conta com o apoio da Prefeitura de Campo Grande por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur).
Larissa Teran do brechó "Oh, My Closet" é consumidora de roupas de brechós e comentou a importância desse tipo de consumo. "Eu uso muita roupa de brechó, eu pego bastante coisa, eu posto muito sobre isso nas redes sociais, eu acho que a gente tem que começar a mudança na gente. A gente tá enfrentando calores excessivos, por quê? Por escolhas nossas, a gente não faz a nossa parte. Nossa parte começa dentro de casa. É cuidado de consumo, o consumo consciente que seria a moda sustentável. Não é só plantar arvore e gastar menos agua, existem várias coisas".
Um dos brechós presentes "Brechó da Beltran" da Danielle Beltran tem foco em roupas plus size do tamanho 44 ao 60. "As gordinhas hoje estão mais empoderadas, elas estão indo a frente, elas estão se mostrando, perdendo aquela timidez, aquela vergonha e elas tão quebrando aquele padrão de beleza imposto pela sociedade".
Danielle também contou como surgiu seu brechó. "Surgiu diante da dificuldade de achar roupa para mim e diante das dificuldades que a gente tem passado no mercado financeiro e tudo mais. Resolvi montar um brechó com roupas minhas, porque precisei passar por um emagrecimento forçado por conta de saúde e ai com as minhas próprias roupas eu comecei. Comecei do zero, não tinha um real, não tinha arara, não tinha nada. E foi algo que deu super certo". Ela também é confeiteira há 11 anos e concilia os dois trabalhos.
Outro brechó presente era o "Tulipa Brechó". Natally Covo é a dona, mas o namorado Felipe Diniz auxilia na organização, lives e atendimento. Ela possui o brechó oficialmente há três anos e comentou sobre o fast fashion. "Acredito que a iniciativa dos brechós vai ajudar a não ter muito descarte, porque o fast fashion, que são as roupas de marca das lojas, tem muita compra, e esse acumulo acaba prejudicando nosso meio ambiente. Uma roupa demora em media 400 anos para se decompor, então a moda circular vai ajudar nisso".
Também tinha brechó de primeira viagem no local. O "Isamaria" fez sua estreia hoje e o nome é a junção dos nomes da filha da dona, Maria Clara+Isabelly. Nailza Maria de Souza, a dona, comentou sobre a ideia de um brechó com peças infantis. "Como tenho duas meninas a gente perde muita coisa, e roupa de criança é muito cara. Então achei importante fazer um brechó com as roupas que eu adquiro para elas, porque tem pessoas que não conseguem ir numa loja e comprar roupa de criança pelo preço. Então além de desapegar, eu ajudo outras mães".
O brechó também conta com algumas bonecas que eram da filha mais que quis dar uma oportunidade para crianças que precisam mais. A filha mais velha, Maria Clara de 15 anos, comentou sobre a escolha da mãe de criar um brechó. "Acho algo muito bom. A gente vai inovando, colocando coisas novas no nosso brasil. Às vezes a mãe fala assim: 'eu quero dar um presente pro meu filho', mas não tem condição e num brechó pode achar alguma coisa, boneca, vestido de sair. Ajuda a criança mesmo para tirar um sorriso dela".
Já Isabelly, de sete anos, disse ficar muito feliz por a mãe estar seguindo seus sonhos.
Uma das visitantes do evento era Thais Silva, Dona de casa, que disse sempre ir em eventos do tipo. "Acho que é muito legal. Eu fiz bariátrica, então tem um monte de peça lá que você não tem o que fazer e sempre tem alguém que está procurando".
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