Hemosul orienta para importância da doação de medula óssea

Estamos na Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, instituída por lei em 2009, mas ainda falta conscientização sobre o quão importante esse tipo de doação é na cura de pacientes com leucemia e aplasia medular. Além desta campanha nacional, o Hemosul de Campo Grande alerta sobre os baixos estoques de sangue O-, O+ e A-, que levou a organização de um dia extra de doações, que será neste sábado (17).

Conforme explicação da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, a medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa as cavidades dos ossos. E é exatamente na medula óssea que são produzidos os componentes do sangue, como: leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas. 

É importante destacar que as pessoas em tratamento de doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico podem ter o transplante como única esperança de cura. As principais são leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas), dentre outras.

Para Mayra Francesche, gerente de relações públicas do Hemosul, as pessoas ainda não compreendem o quanto essa doação pode ser decisiva para a sobrevivência dos pacientes. “É um processo que exige passar por anestesia e internação, mas isso é tão pouco perto da vida que vai salvar. Uma pessoa com leucemia ou aplasia medular depende só de você para viver”, reforça Mayra.

Para que se realize o transplante de medula é necessário haver uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e do receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. A média de compatibilidade é de, em média, 1 em 100 no Brasil. 

Doadora de sangue há mais de 10 anos, a dona de casa Marli da Silva Sanches, de 40 anos, se organiza e doa sangue a cada 3 meses e espera um dia poder doar a medula. “Eu tenho uma saúde boa e posso ajudar outras pessoas, não vai me custar nada. É uma coisa tão fácil, tão rápido. É o mínimo que podemos fazer, fora que ninguém sabe quando vai precisar”, defende Marli.

Já a design de interiores Carolina Castelo Branco, de 32 anos, viu o tio doar sangue durante toda a vida e se inspirou na satisfação dele em ajudar para começar a doar também. “Quando você passa a pensar em como ajudar as pessoas, em pequenas ações, doar sangue é uma delas. Estar aqui é algo que demora no máximo 30 minutos. Acho que chega um ponto na vida que temos um estralinho, de que temos que fazer algo além de si mesmo”, acredita Carolina. Ela também está no cadastro para doação de medula.

Para ser doador de medula óssea, é necessário fazer cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Esse cadastramento é permitido ser feito por pessoas de 18 a 35 anos, mas a medula pode ser compatível e doada até os 60 anos. Quem tem cadastro no Redome não precisa ser, necessariamente, doador de sangue, basta atualizar os dados frequentemente. 

Baixa nos estoques

Os estoques de sangue tipo O-,  O+ e A- estão em situação crítica, que piora a cada dia por conta da queda de 30% dos doadores. Por isso, neste sábado (17), o atendimento será estendido, das 7h às 17h. O Hemosul está na Av. Fernando Corrêa da Costa, 1304 – Centro de Campo Grande.