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Guerreiras do artesanato sonham com mais valorização e espaço

Artesãs estão expondo peças na Câmara Municipal, dentro da programação alusiva ao Dia da Mulher

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Redação
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Marina, Ioná e Helena estão expondo na Câmara Municipal (Foto: Luiz Alberto)

Elas são empreendedoras de um ofício ancestral e manual, o artesanato. Ioná Gargioni, Marina Unten, e Helena Pedroso de Barros exibem com orgulho as peças feitas com as próprias mãos do início ao acabamento final. As artesãs estão expondo e vendendo sua produção na Câmara Municipal de Campo Grande (MS) dentro da programação de eventos alusivos ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de Março.

As três amigas estão felizes com a oportunidade, porém querem mais. Segundo elas, o artesanato regional é muito rico e merece ser valorizado no mercado, um caminho que as artesãs lutam para abrir. Cada uma delas trabalha várias horas por dia na confecção das peças e depois batalha para conseguir espaço para expor e vender as mercadorias.

Ioná defende uma mudança de mentalidade. "As pessoas ainda valorizam mais os produtos industrializados, o que é uma pena. O artesanato é um produto único. Não tem nada repetido. Nenhuma peça é igual a outra", afirma mostrando suas peças. Ioná faz produtos em MDF como caixas e porta-joias, todas ricamente decoradas.

Ioná explica que as peças são únicas  (Foto: Luiz Alberto)

A artesã e suas parceiras torcem para que outras instituições como Assembleia Legislativa, Poder Judiciário e Governo estadual abram novas portas para exposição das peças. "Já é tempo de expandirmos o artesanato por aqui", analisa.

Cada uma delas tem sua própria história de vida com o artesanato, mas a paixão é a mesma. Marina Unten era comerciante e desobriu-se artesã por acaso. Em 2013, ela se propôs a tentar fazer bonecas para ajudar na loja da irmã e percebeu que tinha vocação para o trabalho manual.

"Fui olhando, pesquisando, tentado fazer e quando vi, descobri que era uma artesã", relembra. Agora, além das bonecas, ela faz pelas em crochês e tecidos como marcadores de textos, pulseiras e outros.

Marina se propôs a ajudar a irmã e descobriu-se artesã (Foto: Luiz Alberto)

Helena Pedrosa de Barros trabalhou por muitos anos no setor administrativo. Quando se aposentou descobriu no artesanato uma nova ocupação e com o tempo também se apaixonou. Suas peças em crochês são porta pratos, bolsas e objetos de decoração, todos com um inconfundível toque delicado e feminino.

"Tornou-se uma atividade que preenche meu tempo e complementa minha renda", relata. Segundo elas, ainda não é possível viver de artesanato, mas apenas sobreviver com disposição suficiente para lutar por dias melhores.

A exposição das artesãs segue por toda semana no corredor principal da Câmara Municipal.

Helena, feliz com a oportunidade (Foto: Luiz Alberto)

Programação - A programação especial para a mulheres continua na Casa de Leis. Na quinta-feira (07), das 9h às 15h no hall da Câmara, a Procuradoria realiza a 2ª edição da Feira Mulheres na Cidade, que visa divulgar pequenos negócios dirigidos por mulheres empresárias que formam uma rede de apoio no empreendedorismo. Na ocasião, haverá comercialização de roupas, acessórios e artesanatos.

“As feiras têm uma importância grande para cada participante. Vamos receber mais de 30 mulheres empreendedoras. Então, são oportunidades para as mulheres mostrarem o trabalho delas. São produtos muito bons, que atendem bastante as pessoas”, disse a vereadora Luiza Ribeiro, Procuradora Especial da Mulher.

Marcadores de páginas feitos por Marina (Foto: Luiz Alberto)

E na sexta-feira (08), Dia Internacional da Mulher, haverá Sessão Solene de outorga da Medalha Legislativa “Celina Martins Jallad”. O evento será realizo no Plenário Oliva Enciso a partir das 9h.

A comenda foi criada pela Resolução nº 1.301/19 e visa homenagear e reconhecer as mulheres campo-grandenses que contribuem com o desenvolvimento da cidade.

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