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Gravidez na adolescência cai 66% em Campo Grande, segundo Sesau

Em 2025, 29 meninas entre 10 a 14 anos deram à luz na Capital, a gravidez nessa faixa etária configura, por lei, crime de estupro de vulnerável

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Emanuely Lobo
Apesar da diminuição, a situação ainda é preocupante em relação às meninas mais novas (Foto: Agência Brasil/Marcello Casal Jr./Arquivo)

Um estudo conduzido por pesquisadores do Centro Internacional de Equidade em Saúde da Universidade Federal de Pelotas (ICEH/UFPel) revelou que, no Brasil, uma em cada 23 adolescentes entre 15 e 19 anos se torna mãe a cada ano.

Em Campo Grande, dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) mostram uma redução significativa nos casos de gravidez na adolescência. Entre janeiro e junho deste ano, foram registrados 399 casos de adolescentes gestantes, contra 1.179 no mesmo período de 2024, uma queda de aproximadamente 66%.

Apesar da diminuição, a situação ainda é preocupante em relação às meninas mais novas. Segundo a Sesau, 29 meninas entre 10 e 14 anos deram à luz na Capital nos primeiros seis meses de 2025. A gravidez nessa faixa etária configura, por lei, crime de estupro de vulnerável.

De acordo com Adriano Vargas, presidente da Associação de Conselheiros Tutelares de Mato Grosso do Sul, nesses casos, tanto a menor quanto sua família são encaminhadas para órgãos de defesa de direitos, como a Defensoria Pública e o Ministério Público. “A família é orientada pelo Conselho Tutelar a requisitar acompanhamento sociofamiliar e de saúde. Também é feita a verificação das condições escolares da menor, para garantir que a gravidez não prejudique sua educação”, explica Adriano.

Adriano Vargas,  presidente da Associação de Conselheiros Tutelares de Mato Grosso do Sul (Foto: Wagner Guimarães/ ALEMS)

O presidente ressalta ainda que o poder público realiza ações de prevenção previstas no calendário municipal, especialmente na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, celebrada na primeira semana de fevereiro, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Durante esse período são promovidas palestras em escolas, unidades de saúde, ONGs e demais instituições que compõem o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente”, diz. 

 

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