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Governo Lula cria sala de situação para monitorar incêndios no Pantanal

Haverá ampliação de recursos e simplificação no processo para contratar brigadistas, equipamentos e aeronaves

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Redação
Em MS, bombeiros passam por treinamento para combate ao fogo (Foto: Saul Schramm/Governo de MS)

O governo federal criou nesta sexta-feira (14/6) sala de situação para ações de prevenção e controle de incêndios e secas em todos os biomas, com foco inicial no Pantanal. A primeira reunião do grupo será realizada nesta segunda-feira (17/6). Estão previstas medidas como ampliação de recursos e simplificação no processo para contratação de brigadistas, equipamentos e aeronaves, entre outras.

Na terça-feira (18/6) será realizada nova oficina em Campo Grande (MS) com representantes dos governos do MS e do MT e dos Corpos de Bombeiros para avançar na identificação de prioridades, análise da situação e articulação das ações de campo. Outro encontro está previsto para este mês em Cuiabá. 

A decisão ocorreu após reunião com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto. Participaram a ministra Marina Silva, os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), além de representantes da Casa Civil, da Defesa, do Desenvolvimento Agrário, da Gestão e Inovação, da Agricultura e Pecuária, do Ibama e do ICMBio. 

Marina destacou o agravamento da situação no Pantanal em razão da mudança do clima e do fenômeno El Niño, que levaram a Agência Nacional de Águas a declarar pela primeira vez situação crítica de escassez hídrica na região hidrográfica do Paraguai. 

"Estamos vivendo uma situação de agravamento dos problemas em função de uma combinação de El Niño e mudança do clima. O Pantanal já enfrenta uma estiagem severa e escassez hídrica inédita. A sala de situação vai tratar da questão dos incêndios e da seca", disse a ministra em entrevista coletiva após a reunião. 

Historicamente o período de seca no Pantanal ocorre no segundo semestre, mas o bioma já enfrenta aumento dos focos de incêndio. 

(Foto: Cadu Gomes/VPR)

"Pela primeira vez estamos com o Pantanal completamente seco no primeiro semestre. O Ibama já contratou mais de 2 mil brigadistas para atuar em todo o país, com foco inicial no Pantanal e na Amazônia, e vamos fazer tudo o que for necessário. As crises climáticas são eventos cada vez mais extremos. Combatemos no entorno de Corumbá, onde a situação é mais grave, na Transpantaneira e a oeste do rio Paraguai", afirmou o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. 

O objetivo é enfrentar a situação na Amazônia e no Pantanal de forma preventiva e permanente. Com a grave estiagem, a grande quantidade de matéria orgânica em combustão e a insuficiência das cotas de cheias nos rios exigem ação coordenada. 

A sala de situação funcionará no âmbito da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas, recriada pelo presidente Lula em 2023. A comissão presidida pela Casa Civil reúne 19 ministérios, com o MMA na secretaria-executiva. 

"O governo todo passa a atuar com antecedência na transversalidade, enxergando as questões que podem ser trabalhadas em termos de contingência e de providência antecipada, para que a gente diminua não o evento, em que é impossível a gente interferir, mas o estrago que ele faz na vida das pessoas", disse o ministro Waldez Góes.

Em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, o governo federal firmou pacto com os governadores do Pantanal e da Amazônia para combate a incêndios nos dois biomas, que já está em curso com uma série de medidas. O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, governadores da Amazônia e de outros estados, como Bahia e Rio Grande do Sul, participaram do ato. 

A parceria prevê a suspensão das autorizações de queima até o fim do período seco e quando há previsão de ondas de calor, além da disponibilização de recursos humanos, materiais e financeiros. Determina também definição de áreas e ações prioritárias para prevenção e combate, maior articulação interinstitucional e iniciativas de monitoramento e avaliação de resultados, entre outros pontos. 

(Fonte: Assessoria do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima)

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