Governador sobre Bioceânica: 'Previsão é que comece a funcionar no final de 2026'
Eduardo Riedel e demais autoridades e lideranças presentes ao evento comentaram sobre o andamento da obra e novos projetos


Após dois dias de debates diversos sobre questões como logística, infraestrutura, segurança pública, alfândega, impacto social e muitas outras tantas relacionadas à implementação da Rota Bioceânica no Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, o governador Eduardo Riedel e demais autoridades e lideranças presentes ao evento comentaram sobre o andamento da obra e novos projetos.
Governador Eduardo Riedel comentou sobre a importância da segurança pública entre os países e o avanço no plano master. "A previsão é que Rota comece a funcionar no final de 2026, é uma integração muito importante para o Estado e país. Temos prazo para concluir e fazer as coisas aconteceram da melhor forma", comentou.

Ainda de acordo com Riedel, os próximos passos imediatos são os novos documentos com a criação de um estatuto entre os quatro países, reuniões detalhadas com a Bolívia. " A Rota Bioceanica é um sonho gigantesco alcançado para unificação da América do Sul, não nasce de um dia para o outros. A cada reunião é discutido o avanço mais rápido possível", declarou.
O secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, conduziu, na terça-feira (19), segundo dia de realização do Seminário Internacional da Rota Bioceânica, o painel sobre Tecnologia e Inovação. A apresentação destacou o potencial do corredor logístico como vetor de desenvolvimento científico e tecnológico para o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, além da melhoria da qualidade de vida das populações impactadas pela Rota.
“A Rota Bioceânica, mais do que um corredor logístico competitivo que vai facilitar e dinamizar o trânsito de mercadorias, é também um corredor de desenvolvimento para regiões distantes dos grandes centros, que carecem de novas possibilidades de crescimento e de geração de emprego e renda. Além de Mato Grosso do Sul, temos outros sete estados, no Paraguai, Argentina e Chile, que serão impactados de todas as formas pela Rota e temos aí um leque de oportunidades, em termos de tecnologia e inovação, que vão proporcionar às populações, comunidades e vilarejos ao longo desse corredor, melhorias expressivas em sua qualidade de vida”, comentou o secretário Ricardo Senna.
Garantir a conectividade e a integração digital em todos os pouco mais de 3 mil km da Rota é considerada vital para viabilizar as chamadas aduanas de cabeceira única e dar eficiência e segurança aos trâmites de cargas e agilizar a circulação de pessoas.
“O Plan Maestro do BID para Rota, que está em fase de elaboração, destaca essa necessidade e, nisso, temos aí uma gama de experiências, como a nossa Infovia Digital, que podem servir de inspiração para garantir essa conectividade ao longo da Rota. O modelo que almejamos é de um corredor integrado e ágil. Por exemplo: um caminhão vai sair com sua carga lacrada aqui de Campo Grande e essa carga será monitorada full time, por onde ele passar até chegar ao destino final, por meio de câmeras, leitura ótica de placa, de QR Code, ou outro dispositivo, sem a necessidade de o motorista parar muito tempo ou até mesmo descer de seu veículo. E isso só vai efetivamente acontecer com a utilização soluções tecnológicas e inovadoras, daí a oportunidade, não só para o setor privado, mas para as instituições de ciência e tecnologia do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile”, acrescentou o secretário-executivo da Semadesc.
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