Fumacê portátil é nova arma em locais com notificação do Aedes
Com novo borrifador, é possível trabalhar de maneira mais efetiva em pontos específicos
Agentes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (CCEV/Sesau) estão intensificando o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti em imóveis onde casos de dengue foram notificados com o uso do Ultra Baixo Volume (UBV) portátil. Nesta quinta-feira (26), a ação aconteceu no Jardim Noroeste dentro das estratégias estabelecidas na campanha Operação Mosquito Zero.
A estratégia do fumacê portátil, como é popularmente conhecido, é utilizada no controle do mosquito Aedes aegypti na forma adulta (alado), sendo uma importante ferramenta de controle de arboviroses, sendo possível trabalhar de maneira mais efetiva em pontos específicos, considerando a facilidade de acesso e locomoção.
Ao todo foram trabalhados 15 imóveis situados próximos a locais onde foram notificados casos positivos de dengue, conforme relatório da coordenadoria,. Além da aplicação do inseticida, é feita a vistoria do imóvel e orientação dos moradores sobre as medidas de prevenção. A UBV é um método complementar, desta forma é necessário que o trabalho de manejo continue sendo realizado.
Mosquito Zero - Na última semana, a Prefeitura de Campo Grande lançou a 4ª etapa da campanha de combate ao Aedes aegypti – Operação Mosquito Zero. Os trabalhos estão concentrados na Região Urbana do Prosa.
Conforme o balanço parcial da CCEV do dia 18 a 25 de janeiro foram inspecionados 2.511 imóveis, recolhidos 3.013 depósitos e identificados e eliminados 148 focos do Aedes aegypti.
Cerca de 200 agentes de combate às endemias estão mobilizados na inspeção de casas e terrenos baldios, além do recolhimento e eliminação de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito e orientação dos moradores em relação às medidas de prevenção.
Nas três etapas já realizadas da campanha foram inspecionados 25.817 imóveis, 14.725 depósitos recolhidos e 819 focos eliminados, nas regiões Segredo, Anhanduizinho e Bandeira. A previsão é de que a campanha Operação Mosquito Zero se estenda até o final do mês de fevereiro, contemplando as sete regiões urbanas do Município.
A campanha anterior, realizada em maio deste ano, teve mais de 59 mil criadouros eliminados e 2.239 focos eliminados. A Operação Mosquito zero é realizada em Campo Grande desde 2019, quando o município registrou mais de 40 mil casos de dengue.
Dados epidemiológicos - Do dia 01 de janeiro a 23 de janeiro foram confirmados 335 casos notificados e 22 casos confirmados de dengue em Campo Grande. Em 2022, foram 8.225 casos confirmados e sete óbitos provocados pela doença.
Infestação pelo Aedes - Conforme o LiRaa divulgado neste mês de janeiro, cinco áreas de Campo Grande foram classificadas com risco para infestação do Aedes aegypti: Vida Nova, Seminário, Coophavilla, Silvia Regina, Cidade Morena e Batistão. Outras 40 áreas estão em alerta e 25 apresentam índices satisfatórios.. O LiRaa completo pode ser consultado clicando aqui.
Orientações - Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores.
Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.
Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, e sim na terra ou no cimento quente.
Com o calor que faz na cidade, piscinas – de todo tipo ou tamanho – são motivo de alegria. Mas a atenção deve ser redobrada, pois também se trata de um dos lugares favoritos do Aedes. Sendo assim, fica a dica: piscinas e fontes devem ser limpas e tratadas com o auxílio de produtos químicos específicos.
Um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco de Aedes. Furar o fundo das latas e, se possível, amassar; tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado; enviar sacos plásticos para reciclagem; amassar copos descartáveis; e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água.
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