Família pede pena maxíma

Começa o julgamento do músico Luís Alberto Bastos Barbosa acusado de matar a musicista Mayara Amaral no dia 25 de julho de 2017, a com golpes de martelo e depois ateou fogo no corpo da vítima, a família estava presente e pede pena máxima ao acusado. O advogado do réu Conrado dos Santos Passos pede a redução da pena pois segundo ele, o mesmo apresenta insanidade mental que classificou pór isso seria como semi-imputavel, tem a capacidade de pensar limitada.
A mãe da musicista Ilda Cardoso pede a pena máxima para o acusado “Minha filha não vai voltar mais, ele arrancou um pedaço de mim, não existe compra um filho é importante para nossa família que ele pague pelo o que fez, por que se ele pudesse matar minha filha ele matava de novo ”, diz a mãe. O pai da jovem morta de forma cruel desabafa “ meu coração está apertado, só o júri vai poder decidir o que é melhor, espero que ele seja punido, meu objetivo é que o crime chame atenção da sociedade, as mulheres não podem morrer só por que são mulheres”, afirma Alziro Amaral.
Ainda de acordo com advogado de Luís, o laudo apresentado pede a redução na pena de um terço a dois terços, foi um episódio único e lamentável na vida dele, com certeza está muito arrependido, afirma Conrado Passos.
O julgamento que teve início as 08:00hs da manhã foi marcado por protesto organizado pela irmã de Mayara, Pauline Amaral. Ela disse que o julgamento tem que representar todas as mulheres que morrem de forma cruel em todo o Brasil.
Ângela Nontallvoa de 27 anos é organizadora do movimento Mulheres pela Democracia que realizou uma manifestação com gritos “Mayara Presente” e para simbolizar a paz entregou uma rosa branca para todos as mulheres. A organizadora pede pena máxima para o caso da Mayara “queremos 20 anos de regime fechado, o crime de feminicdio tem que ser mais rigoroso, um crime de latrocínio prevê mais anos do autor preso do que o feminicido. Um objeto, às vezes, vale mais que uma vida”, lamenta a organizadora do movimento. A Deputada Federal Rose Modesto estava presente no julgamento.
De acordo com Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), Luís vai a júri popular também pelos crimes de furto, ocultação e destruição de cadáver, com emprego de fogo. Sete pessoas participaram do júri quatro mulheres e três homens.
Relembre o caso
Dia 25 de julho de 2017, o corpo de Mayara Amaral, 27 anos, foi encontrado ainda em chamas. O fogo queimou parcialmente a vítima e se alastrou pelas margens da estrada na região do Inferninho, em Campo Grande, isso chamou a atenção de peões de fazendas na região que a acharam ali, vítima de mais um feminicídio . A musicista foi morta com golpes de martelo pelo baterista Luís Alberto Bastos Barbosa, 29 anos. Ela também teria sido esganada e teve R$ 17,3 mil em bens roubados. A defesa do acusado usou como estratégia o fato de Luís ser usuário de drogas e pediu uma avaliação de sanidade mental do rapaz, por acreditar que o crime tenha sido motivado por um distúrbio muito além de sua vontade.
Veja Também
Fronteira terá campanha binacional de vacina contra sarampo neste sábado
Agência de MS promove o afroturismo em três estados diferentes
Com frota renovada, SAMU entrega reforma da base no Bairro Pioneiros
Cinema em Trânsito entrega projetores para instituições parceiras
