Diário Digital
 
Geral

Família de criança com leucemia faz campanha para encontrar doador de médula óssea em MS

Mariana Jara de Jesus, de 2 anos, foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda tipo B no mês de janeiro deste ano

|
Marina Romualdo
AddThis Website Tools
A pequena Mariana Jara de Jesus foi diagnosticada com leucemia aos 2 anos e 3 meses (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

A pequena Mariana Jara de Jesus, de 2 anos e 3 meses, descobriu que estava com leucemia linfoide aguda (LLA) tipo B – é a neoplasia mais comum na infância, no mês de janeiro deste ano. A mãe da menina, Milena Jara, de 24 anos, relembrou o início de tudo durante a entrevista com a reportagem do Diário Digital.

"Tudo começou quando a Mariana apresentou muito febre e falta de apetite em outubro de 2023. Ela sempre foi uma criança saudável com uma boa alimentação. Porém, nesse mês de outubro, ela teve esse quadro e levamos ela varias vezes ao Hospital de Anastácio, mas sempre voltávamos para casa, pois, diziam que era apenas uma virose. No entanto, ela ficava bem 5 dias e depois começava tudo novamente", relatou Milena.

Já no mês de dezembro, a família reparou que a bebê estava muito enjoada para andar, não queria comer e ficava apenas no colo. E, com isso, a febre de 39° voltou, levamos novamente ao hospital, nesta ocasião o médico passou um remédio e eles acabaram retornando para casa. "No dia 3 de janeiro, ela amanheceu pior, com frebe e que quase não conseguia andar. Inclusive, Mariana estava com várias manchas roxas pela perna e com isso decidimos levá-la em outro médico para realizar exames e quando saiu o resultado tivemos que seguir na vaga zera para Campo Grande", ressaltou a mãe da pequena.

A Mariana e a mãe, Milena Jara de 24 anos (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

"Após vários exames, os profissionais descobriram que Mariana estava com leucemia linfoide aguda tipo B. A médica especialista disse para a mãe da criança que era comum a leucemia ser diagnosticada em crianças e adolescentes. E, quando fizesse a quimioterapia, iria zerar e com grande e com a grande porcentagem de cura, não precisaria de transplante e foi quando começamos as quimioterapias. Contudo, em abril, houve uma intercorrência e os tratamentos de quimioterapias acabaram atrasando. Foram 21 dias internada tratando de pontada, pneumonia, água no pulmão, bi lateral, rinovírus, nesse momento achamos que iríamos perdê-la, mais Deus entrou na causa", relembrou a Milena.

Segundo a mãe da pequena, após a internação, Mariana melhorou e o médico que a acompanha falou sobre o transplante. Por conta dela ter tido uma grande resistência ao tratamento, não respondeu como os profissionais haviam planejado. E, diante disso, ela iria precisar do transplante, pois, o esperado era ela ter zerado a doença a médula e, infelizmente, isso não correu. "Atualmente, ela está internada no Hospital Regional para uma quimioterapia para ver se conseguimos zerar e, em seguida, vamos conseguir encontrar um doador e ir para o transplante. Pois, caso não ocorrer o transplante, a doença pode voltar ao corpo dela ainda mais agressiva. Por isso que acreditamos que com ajuda de todos, em breve, iremos conseguir encontrar esse doador. Pois, Deus está conosco e a pequena Mariana é uma promessa de Deus", finalizou a mãe da criança.

A pequena está internada no hospital de Campo Grande para o tratamento (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

O que é medula óssea?
É um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, conhecido por tutano. A medula produz os hemocomponentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. Essas células são responsáveis por transportar o oxigênio no caso das hemácias, defender o organismo no caso dos leucócitos e as plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue. Tudo se origina na medula.

Como ser um doador de medula?

A pessoa que deseja ser um doador precisa ir até um Hemocentro mais próximo da sua cidade, realizar um cadastro no banco de dados e fazer o teste de compatibilidade e a tipagem sanguínea.

Para você ser um doador é preciso? 
- Ter entre 18 a 35 anos.
- Não possuir nenhuma doença infecciosa, transmitida pelo sangue.
- Estar em um bom estado de saúde.

Como é o transplante?
Se for compatível, o doador é avisado e então passa por exames para constatar que está em boas condições de saúde. O procedimento dura aproximadamente 90 minutos e é aplicada uma anestesia para que o processo seja sem dor. As células de medula são tiradas do osso da bacia e não da espinha, portanto, não tem risco para a coluna. Do outro lado o paciente tem a sua medula doente destruída e recebe às células de medula saudável do doador.  A parte da medula retirada do doador se recupera sozinha em no máximo quinze dias.

Você sabia?
Transplante de medula óssea é a única esperança de cura para milhares de portadores de leucemia e algumas outras doenças do sangue. Por isso, seja solidário. Este ato pode salvar a vida de uma criança, jovem ou adulto.
 

Veja Também

MS terá rede de meteorologia com 70 estações, fortalecendo produção local

Aposentados não precisam acionar justiça por valores do INSS, diz AGU

Bombeiros encontram corpo de médica que estava desaparecido em rio

Cardiopatias congênitas ocorrem em 30 mil bebês por ano