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Falta de mão de obra desafia setores da economia no Estado

Empresas buscam estratégias para atrair trabalhadores diante de mudanças no mercado e demanda por qualificação

|
Redação
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(Foto: Reprodução Fecomércio)

Mesmo com a taxa de desemprego em um dos menores níveis do país, Mato Grosso do Sul enfrenta desafios na ocupação de vagas no comércio, indústria e construção civil. O problema é reflexo de múltiplos fatores, incluindo salários desproporcionais, informalidade, mudanças na relação com o trabalho e defasagem na escolarização, segundo especialistas.

A diretora regional do Senac MS, Jordana Duenha, destaca que a qualidade de vida e o tempo para a família passaram a ter mais peso na decisão profissional, exigindo uma nova abordagem das empresas. “As pessoas lidam com o emprego de maneira diferente, e os empresários precisam levar isso em consideração”, afirma.

Vagas abertas e falta de candidatos

O Estado registra um volume significativo de vagas não preenchidas, especialmente em setores como supermercados, alimentação, tecnologia e saúde. No comércio, a falta de mão de obra qualificada preocupa empresários tanto quanto a inflação.

Fernando Camilo, gerente de relações sindicais da Fecomércio MS, aponta que muitos jovens não têm interesse em buscar qualificação ou atuar em funções tradicionais do varejo. Segundo ele, a tecnologia e o e-commerce ainda não afetam de forma expressiva o setor, mas a automação pode reduzir vagas no futuro.

Esforços para qualificação

Para aumentar o acesso à capacitação, o Senac MS leva cursos a bairros periféricos de Campo Grande e desenvolve parcerias com escolas e associações comunitárias.

O governo estadual também investe na formação profissional por meio do MSQualifica, programa que já capacitou 130 mil pessoas em dois anos e prevê mais 13 mil formados em 2025. Segundo o secretário-executivo de qualificação profissional da Sequalit, Esaú Rodrigues de Aguiar Neto, a iniciativa busca suprir a crescente demanda por profissionais no setor de serviços, que liderou a criação de empregos no Estado em 2024.

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