Fábrica de cerveja para produção e envasa álcool para hospitais e postos de sáude

A Cervejaria Campo Grande – que produz as cervejas Bamboa e Moema e os refrigerantes Refriko -- parou a linha de produção destes produtos, mais uma vez, para envasar álcool 70º GL, na segunda etapa de distribuição do produto para hospitais e postos de saúde do MS. Nesta quarta-feira, dia 25, mais de 60 mil litros do produto deixaram a unidade fabril rumo aos estabelecimentos de saúde.
A empresa está atendendo ao pedido do Governo do estado, através da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiara (SEMAGRO), sob o comando do Secretário Jaime Verruck.
O álcool que está sendo engarrafado pelo Grupo Refriko vem de uma doação de 200 mil litros feita pela BioSul – Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul. O produto é do tipo 96% e para se transformar em álcool “70 GRAUS INPM*” (não é GRAU GL), o mais recomendado ao combate do Coronavirus, precisa antes passar por um processo de adequação.
Primeiro ele recebe uma porcentagem de água - que no caso da fábrica de cerveja Campo Grande vem do Aquífero Guarani – para se tornar menos volátil, o que faz com que ele atue por mais tempo nas superfícies. Essa quantidade de água, primeiro tem de passar por um processo de desinfecção através de luz ultra-violeta. O sistema já existe na fábrica de cervejas e pode purificar cerca de 5 mil litros de água por hora.
Para o envase e distribuição o Refriko fez a doação das garrafas pet de 2 litros, usadas no engarrafamento dos refrigerantes da marca e disponibilizou sua linha de fabricação para abastecer as garrafas com álcool por, pelo menos, 8 horas por dia. “Não podemos pensar em prejuízo comercial num momento tão delicado que estamos vivendo. É mais importante pensar no ganho social. Fomos solicitados pelo Governo do Estado para colaborar e estaremos à disposição para o que for necessário. Espero que outros empresários tenham a mesma consciência”, afirmou Márcio Mendes, presidente do Grupo Refriko.
O processo de recebimento e envase do total de 200 mil litros de álcool pela fábrica tem sido feito em etapas para evitar riscos. Como o produto é altamente inflamável, só é possível receber e envasar 50 mil litros por dia e todo o processo é controlado pelo Corpo de Bombeiros de Campo Grande com caminhões de combate a incêndio para evitar possíveis acidentes.
Espera-se que nesta semana, a fábrica envase cerca de 250 mil litros do produto readequado - já com adição de água tratada – que serão distribuídos pelo governo do estado às instituições de saúde.
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