Exportações de MS chegam a 3,1 bilhões de dólares
Números da balança comercial sul-mato-grossense no 1º quadrimestre de 2024, marcando um aumento em comparação com o mesmo período no ano de 2023.


As exportações de Mato Grosso do Sul em um acumulado de janeiro a abril de 2024 totalizaram R$ 3,134 bilhões, tendo a celulose, a carne bovina, o farelo de soja, o açúcar e o minério de ferro como principais destaques positivos. O valor total exportado pelo Estado no primeiro quadrimestre do ano foi 2,2% menor em relação ao mesmo período de 2023, um resultado da oscilação dos preços no mercado internacional.
Apesar do recuo nas exportações, os números da balança comercial sul-mato-grossense no 1º quadrimestre de 2024 acumula um superávit de R$ 2,195 bilhões, marcando um aumento de 3,2% em comparação com o mesmo período no ano de 2023.
Nas importações, houve uma redução de 12,9%, totalizando R$ 938 milhões no acumulado do ano. O Gás Natural representa 45,59% do total importado pelo Estado, seguido por Adubos (7,48%) e Cobre (6,65%).
Dos 10 principais produtos de exportações, 5 apresentaram alguma queda, como a soja, o milho, ferro-gusa, cortes de aves congelados e gorduras/óleos vegetais. Apresentaram um aumento em termos de valor e volume, a Celulose (26,01%), Carne bovina (23,57%), farelo de soja (19,21%), açúcar (48,22%) e Minério de Ferro (76,76%).
“Na soja, nós tivemos nesse período uma queda de 6,77% nas exportações, que se explica especialmente pelos preços no mercado internacional. Por mais que a soja tenha elevado as exportações em termos de tonelagem ao longo do ano, os preços praticados nas operações com o grão estão muito abaixo em relação aos do ano passado. Apesar disso, a soja foi o produto mais exportado, com um acumulado de mais de 2,5 milhões de toneladas até o mês de abril”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
Com relação aos destaques positivos, o secretário pontua que “os preços internacionais de celulose continuam positivos e outra boa surpresa é o aumento das exportações de carne bovina, que já sinaliza o resultado da abertura dos nossos frigoríficos para o mercado chinês. Também tivemos a ampliação das exportações de farinha de soja, de açúcar, que são produtos que ampliaram a sua base de exportação. Além disso, o minério de ferro, por mais que a gente tenha restrição do Rio Paraguai, também teve uma melhoria de preços no mercado internacional e aumentou de uma maneira significativa o valor exportado, em torno de 1,5 milhão de toneladas acumuladas até abril”.
Sobre as importações, o Governo monitora as operações. “A importação de gás natural de janeiro a abril teve uma queda aproximada de 17%. Isso nos preocupa em relação à arrecadação, mas a justificativa dessa redução da importação de gás natural é exatamente os volumes que a Bolívia tem disponibilizado para importação pelo Brasil. Isso é uma preocupação de longo prazo que pode impactar a economia sul-mato-grossense”, afirma.
A China segue como o principal destino dos produtos do MS, absorvendo 46,19% das exportações, seguida pelo Estados Unidos (5,17%) e Países Baixos (4,96%).
“Nesse período, a Indonésia registrou um aumento de 161,8%, junto com Emirados Árabes Unidos, que possui um aumento de 190,2%, ambos comparados com o mesmo período de 2023”, informa o titular da Semadesc.
Em âmbito regional, o município de Três Lagoas localizado há 326,6 kmda capital, segue como o maior exportador de Mato Grosso do Sul, com cerca de 23,10% de participação dos valores totais exportados. Uma alta de 24,21% em relação ao acumulado de janeiro a abril do ano passado. O município de Naviraí localizado há 6,1 km de Campo Grande, aparece com 47,61% de variação em comparação com o mesmo período de 2023.
Os dados estão na Carta de Conjuntura do Comércio Exterior de Mato Grosso do Sul de abril, publicada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
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