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Equipe do IHP monitora Serra do Amolar para avaliar impacto do fogo

Serão usadas armadilhas fotográficas, drone, monitoramento entre outros

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Redação
(Foto: Divulgação)

Diante do incêndio na Serra do Amolar registrado a partir de 27 de janeiro de 2024 e ainda com focos isolados em fevereiro, o biólogo Wener Hugo Moreno e o médico-veterinário Geovani Tonolli deram início a um monitoramento na região para buscar indícios do impacto do fogo na fauna. Os dois começaram os trabalhos nesta quarta-feira (7/2).

Para o trabalho vão ser usadas armadilhas fotográficas, drone, monitoramento em tempo real por meio do sistema Pantera, entre outras técnicas e equipamentos. Ainda não há prazo definido para obter resultados do monitoramento, mas se espera que haverá indícios sendo identificados nos próximos dias.

“Subimos para a região da Serra do Almo, onde a gente atua com monitoramento através de câmeras traps, dados de colar, pra gente fazer uma análise exploratória. Entendermos como o fogo está afetando, nesse 2024, a fauna na região, como ela está se comportando, quais são as rotas de fuga podem estar usado. É um mapeamento preliminar. Temos já estudos sobre a influência do fogo nas nas populações de onça parda, onça pintada e esses dados que a gente veio buscar coletar nessa campanha serão importantíssimos para entendermos como a fauna comporta aqui na região da Serra do Amolar perante ao fogo”, explica Wener Hugo Moreno.

“Nós chegamos aqui justamente para acompanhar e identificar possíveis espécies que estão procurando locais mais seguros em decorrência dos incêndios que estão ocorrendo aqui na região. A gente está com a equipe de brigadista, a Brigada Alto Pantanal, que fez uma primeira avaliação e identificou a situação da fauna. Nós trouxemos alguns equipamentos que podem auxiliar e complementar esse trabalho de monitoramento, e, se preciso, acionar apoio para fazer resgate”, detalha Geovani Tonolli.

Conforme dados do Painel do Fogo, foram destruídos quase 2,7 mil hectares do território de Patrimônio Natural da Humanidade.

Na região da Serra do Amolar já foram identificados:

132 espécies de aves
11 espécies ameaçadas segundo a lista do MMA 2022 e IUCN (mamíferos e aves);
14 espécies da herpetofauna registradas (jacaré, lagartos, sapos, perereca e etc.);
30 espécies de mamíferos identificadas (monitoramento de biodiversidade-visualização, câmera trap, vestígios ou por vocalização).

São 800 espécies levantadas até o momento para a Rede do Amolar: sendo 42 de abelhas, aproximadamente 82 de aranhas, 62 de borboletas, 120 de formigas, 420 de besouros, 24 de libélulas, 71 de percevejos e 40 espécies de vespas.

As espécies ameaçadas envolvem: onça-pintada, anta, queixada, tamanduá-bandeira, tatu-canastra, mutum-de-penacho, ariranha, gato mourisco

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