Empresa da Capital é a primeira a implantar licença menstrual
Empresa de tecnologia é pioneira em proporcionar folga remunerada às funcionárias
Uma empresa de tecnologia de Campo Grande (MS) anunciou uma novidade para o bem-estar das colaboradoras que passarão a contar com o benefício da licença menstrual.
Com sede na Capital, a empresa é uma das maiores desenvolvedoras de soluções em software para a gestão pública e será a primeira do País, em sua área de atuação, a implantar tal licença remunerada.
Atualmente, 503 mulheres trabalham na Digix, o que representa cerca de 63% do quadro de colaboradores da empresa. Além disso, elas também representam 70% do quadro de liderança.
O objetivo da licença é reconhecer os reais sintomas do período menstrual como cólica, sensibilidade, dores no corpo, e consequentemente, o impacto dele no ambiente de trabalho.
Com isso, serão proporcionados dois dias de folga remunerada às mulheres com dores excessivas ou outras complicações durante seu ciclo menstrual, sem necessidade de atestados para comprovação dessas ausências.
Depois de vivenciar momentos de dores, desconfortos e alterações emocionais neste período, Suely Almoas, CEO da Digix, explica que a inspiração da licença surgiu após ler o livro “A tenda vermelha”, de Anita Diamant, que conta a história de mulheres que eram levadas para uma tenda vermelha e cuidadas por outras mulheres em seu período menstrual. “Após ler o livro, pensei que poderia cuidar das nossas mulheres de uma forma moderna, através deste benefício”.
Com essa iniciativa inovadora, a expectativa da Digix é promover um aumento no bem-estar das mulheres, a equidade de gênero e que este exemplo seja seguido por outras empresas e possivelmente torne-se Lei Federal, como já existem em alguns países.
São poucos países ao redor do mundo que garantem legalmente alguma forma de licença menstrual para mulheres no mercado de trabalho, a maioria está na Ásia, incluindo Japão, Taiwan, Indonésia e Coreia do Sul, além da Zâmbia.
Recentemente, a Espanha se tornou o primeiro país ocidental a oferecer licença médica para mulheres que sofrem com fortes cólicas menstruais.
Conceder benefícios para as mulheres não é apenas um diferencial, mas uma forma da empresa priorizar ainda mais a saúde da mulher e mostrar a importância de acolher as diferenças entre as pessoas e respeitá-las.
(Com informações da assessoria de imprensa)
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