Defesa pedirá exame de sanidade mental

A defesa da motorista de aplicativo Pâmela Ortiz de Carvalho que está presa pelo assassinato brutal de uma idosa vai pedir o exame de sanidade mental dela. A mulher acompanhou depoimentos de testemunhas do processo durante audiência no Fórum de Campo Grande na tarde desta segunda-feira, 6 de Maio.
O advogado Edmar Soares da Silva disse que vai pedir o exame com base nos depoimentos de um policial civil, com quem Pâmela tinha um relacionamento, e do irmão dela. Ambos disseram que a mulher sempre demonstrou desequilíbrios emocionais, a ponto de parecer outra pessoa.
Pâmela é acusada de assassinar a idosa Dirce Santoro Guimarães batendo a cabeça da vítima no meio-fio até matá-la. O crime aconteceu no dia 23 de fevereiro de 2019, no bairro Jardim Carioca, na Capital.
Na audiência desta segunda-feira, além do policial civil e do irmão de Pâmela foram ouvidos um agente de saúde e duas vizinhas da vítima. Conforme relatos, Dirce era fisicamente muito frágil e, por isso, era constantemente auxiliada por vizinhos e conhecidos.
Pâmela não prestou depoimento. Ela somente deverá ser ouvida no dia 17 de junho. O advogado não mencionou qual será a linha de defesa, mas é provável que Pâmela alegue legítima defesa.
No dia do crime, ela telefonou para o policial civil, com quem se relacionava, e disse que tinha sofrido um assalto. Pâmela relatou que a idosa que ela transportava teria ajudado os bandidos na emboscada para assaltá-la. Ela nega que tenha matado a idosa batendo a cabeça da vítima no meio-fio e sim usado um machadinho para se defender.
O crime - O crime aconteceu no dia 23 de fevereiro de 2019, no bairro Jardim Carioca, na Capital. Investigações apontam que a idosa discutiu com a denunciada em razão desta utilizar seu cartão de crédito para compras pessoais sem sua autorização.
A vítima teria descido do carro, que era conduzido pela acusada, momento em que a ré começou a agredir a idosa, batendo sua cabeça contra o meio-fio até matá-la. Após matar a idosa, a ré arrastou o corpo até o fundo de um terreno próximo, quando então o escondeu em local mais baixo, cobrindo-o com lixo.
A ré responde pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado por motivo fútil e meio cruel, além do delito de ocultação de cadáver.
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