De pastelada a vaquinha, mestre de Kickboxing tenta levar alunos a Brasileiro
Atletas, junto ao mestre Cleber, criam Rifas, pasteladas e vaquinhas para arrecadar o valor da viagem


Há 19 anos o mestre de Kickboxing, Cleber Castanho, 45 anos treina mais de 40 alunos na garagem de casa, e vem formando campeões que já conquistaram alguns cinturões em Campeonatos dentro do Estado. Agora, irão alçar voos mais altos para o Campeonato Brasileiro, que será realizado no próximo mês, em Curitiba. Para isto, os atletas mirins precisam de ajuda.
Sem auxílio política nem patrocinadores, Cleber organiza desde rifas e pasteladas a vaquinhas para auxiliar os pequenos a realizar um grandes sonhos: de viajar e participar do campeonato nacional de Kickboxing.
O mestre conta que a viagem será realizada por ele e mais 14 alunos. O desafio da vez é conseguir pagar as passagens e hospedagens dos atletas que sonham com o cinturão. A arrecadação precisa chegar até o próximo dia 26 de maio, data final para o pagamento do ônibus da viagem.

Para o sonho se concretizar eles necessitam de aproximadamente R$6 mil reais, e cada aluno está tentando arrecadar de forma individual - só o valor do ônibus é de R$400 reais por atleta. Natacha Ferreira da Silva 14 anos conta com a ajuda da mãe que preparou uma pastelada para este próximo sábado (21), no Domingo (22), a família do João fará uma feijoada e Igor Fernandes dos Santos optou em abrir uma vaquinha virtual. Mas todos desejam competir e por esta razão estão juntando R$400 reais, cada para pagarem o ônibus até o evento.

O esporte que é olímpico conta com ataques dinâmicos, cotoveladas, joelhadas, chutes e socos, é uma ótima alternativa para quem busca motivação para a prática de uma atividade física diferente. O Kickboxing pode ser descrito como uma mistura de Karatê, Boxe e muitos exercícios aeróbicos. Uma espécie de precursor desse esporte já era praticado no continente asiático desde o século 19. No entanto, modalidades bastante semelhantes surgiram na região há aproximadamente 2 mil anos.
O nome Kickboxing só foi atribuído a essa atividade por volta de 1950 no Japão e trazia a ideia da junção do Boxe e do Karatê em um único esporte. Já em 1970, tornou-se popular nos Estados Unidos. Anos mais tarde, chegou ao Brasil. Hoje, essa modalidade é praticada em escolas de Artes Marciais e em academias de todo o país.
E tal prática vem sendo a aliada do professor que dando aula em um projeto em um bairro carente da Capital, acabou sendo o maior incentivador de inúmeros jovens que através do esporte tiveram inúmeras oportunidades na vida.
Natacha é um exemplo das crianças que saiu do projeto no bairro Roxinol conta que começou com 6 anos de idade. "Eu era fechada, não gostava de conversar e o esporte me abriu novas portas, hoje tenho confiança e sou uma nova pessoa", conta a garota que já é campeã da modalidade, dona de um importante cinturão.
Antônio Miguel dos Santos Gonçalves, 12 anos, nunca saiu do Estado e será a primeira vez que competirá fora do MS. Ansioso, o garoto sonha com a oportunidade.
Cleber desde de jovem praticou Karatê e vê nas artes marciais uma oportunidade de vida e ensinando tem traçado sua trajetória e feito novos atletas .Dono de um belo projeto que mantém tirado jovens das ruas e necessita de apoio para que mais uma etapa de vitória some ao Centro de Treinamento Imperial, que com muita dedicação e suor se mantém aberto na garagem de sua casa.
AJUDA - Quem puder contribuir com qualquer valor, ou até mesmo comprar a feijoada, pastelada e rifas, entrem em contato através do Instagram ct_imperial96 ou através do telefone 67 93006469.
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