Diário Digital
 
Geral

Cursos inéditos da SAS apostam em tendências atuais para incrementar a renda

No total, oito novos cursos estão sendo levados às unidades e já certificaram 387 pessoas por meio de 21 oficinas

|
Gabriel Telê Santana
AddThis Website Tools
(Foto: Divulgação/ Prefeitura CG)

Das antigas festas de aniversário, regadas a bolo com muito glacê aos atuais bolos de pote ou então dos chinelos bordados aos recentes bichinhos produzidos com a técnica amigurumi. A cada período observamos diferentes tendências da moda nas mais diversas áreas.

Atenta a essas transformações, a equipe da Gerência de Trabalho e Ações de Cidadania está sempre em busca de cursos inéditos para levar às unidades da Secretaria de Assistência Social (SAS) e que possam auxiliar os usuários no incremento da renda familiar.

(Foto: Divulgação/ Prefeitura CG)

“Nós precisamos inovar para acompanhar as demandas do mercado e as tendências que se destacam na economia local. Dessa forma podemos suprir a necessidade de muitos usuários que buscam aprimoramento em áreas diferentes”, explicou a gerente Miriam Varela.

No total, oito novos cursos estão sendo levados às unidades e já certificaram 387 pessoas por meio de 21 oficinas. Um dos exemplos de curso que vem fazendo sucesso nas unidades, é o de Amigurumi, técnica japonesa para criar pequenos bonecos feitos de crochê ou tricô.

Apesar da popularidade de bichos de pelúcia e bonecas, a técnica também é usada para objetos como utensílios. O Amigurumi está em alta, principalmente, na decoração de quartos infantis, onde os artesãos esbanjam criatividade, abrindo novas possibilidades de comércio.

Entre as novidades na área da culinária estão os cursos e oficinas de sonho de padaria, suspiro, quindim e torrone. Já no artesanato, os cursos de pintura, decoupagem e craquelê em MDF, tapete de nozinho e boneca de pano estão abrindo possibilidades de empreender para dezenas de usuários.

É o caso da costureira Fernanda Rodrigues Machado, que nunca havia manuseado linha e agulha de forma manual, mas conseguiu superar as dificuldades e descobriu uma nova habilidade. Mãe de três 3 filhos, ela não tinha qualquer experiência com artesanato, no entanto fez o curso de boneca de pano e já faz planos com os ganhos extras que espera a partir da venda dos produtos. “Fiz para aumentar a minha renda e me surpreendi comigo mesma. A professora é muito atenciosa e passa dicas importantes que facilitam o trabalho”, disse.

Já Nádia Franco Rocha Machado, mãe de duas meninas, aposta no amigurumi para contribuir com o orçamento familiar. Desempregada, ela conta que a única renda é do marido, por isso encarou o desafio e fez o curso no Cras Indubrasil. “Aprendi tudo do início porque nem sabia pegar na agulha. Aprendi muitos pontos artesanais e foi com muita insistência que concluí o curso. Desmanchei várias vezes os bonecos, mas nunca desisti e consegui me superar”, relatou feliz a dona-de-casa, que vislumbrando o sucesso desse tipo de produto artesanal, mudou o ramo de atividade para ajudar financeiramente a família.
 

(Foto: Divulgação/ Prefeitura CG)

Craque no bolo de pote e trufas, Maria José dos Santos Silva, agora aposta no torrone, outro queridinho das empreendedoras na área da culinária, para aumentar a renda da família.

“No Cras foi onde recebi incentivo para fazer trufas e vender bolo no pote e agora quero diversificar porque é difícil arrumar trabalho após os 50 anos”, ressaltou.

 

Apoio emocional

Mas as oficinas não oferecem apenas a possibilidade de um suporte financeiro. Para muitos usuários, elas representam a mão amiga, o abraço que chega em um momento de tristeza. Foi o que aconteceu com Perly Portella Pereira, mãe de cinco filhos.

Acolhida no Cras Aeroporto, ela não só aprendeu a arte da decoupage, como também recebeu o apoio emocional para superar a depressão e é só elogios à equipe.

“Tenho só a agradecer ao pessoal do Cras que me acolheu no momento mais difícil da minha vida, me dando um norte. O curso está me ajudando a levantar e eu estou conseguindo vencer graças ao apoio que estou recebendo no Cras”, afirmou Perly, que já domina várias técnicas de artesanato, mas esperava a oportunidade de se aperfeiçoar na decupagem. Ela ainda conta que uma das vantagens foi ter aprendido a produzir alguns materiais caseiros, como a cola utilizada nos objetos, economizando no produto final.

Mais de 1.985 usuários dos Cras, Centros de Convivência e Centros de Convivência do Idoso receberam certificados este ano após realizarem um dos mais de 60 cursos e oficinas nas áreas de beleza, culinária e artesanato. O número de alunos certificados já superou a meta do início do ano, que era contemplar 1,3 mil usuários.


 

(Foto: Divulgação/ Prefeitura CG)

 

Veja Também

IX Meeting Nacional de Farmácia Clínica está com inscrições abertas

Governo entrega 11 torres de videolaparoscopia em hospitais de MS

Brasil tem 241 barragens com riscos de segurança, aponta ANA

Assembleia aprova lei para certificação dos laboratórios ambientais de MS