Cursos inéditos da SAS apostam em tendências atuais para incrementar a renda
No total, oito novos cursos estão sendo levados às unidades e já certificaram 387 pessoas por meio de 21 oficinas
Das antigas festas de aniversário, regadas a bolo com muito glacê aos atuais bolos de pote ou então dos chinelos bordados aos recentes bichinhos produzidos com a técnica amigurumi. A cada período observamos diferentes tendências da moda nas mais diversas áreas.
Atenta a essas transformações, a equipe da Gerência de Trabalho e Ações de Cidadania está sempre em busca de cursos inéditos para levar às unidades da Secretaria de Assistência Social (SAS) e que possam auxiliar os usuários no incremento da renda familiar.
“Nós precisamos inovar para acompanhar as demandas do mercado e as tendências que se destacam na economia local. Dessa forma podemos suprir a necessidade de muitos usuários que buscam aprimoramento em áreas diferentes”, explicou a gerente Miriam Varela.
No total, oito novos cursos estão sendo levados às unidades e já certificaram 387 pessoas por meio de 21 oficinas. Um dos exemplos de curso que vem fazendo sucesso nas unidades, é o de Amigurumi, técnica japonesa para criar pequenos bonecos feitos de crochê ou tricô.
Apesar da popularidade de bichos de pelúcia e bonecas, a técnica também é usada para objetos como utensílios. O Amigurumi está em alta, principalmente, na decoração de quartos infantis, onde os artesãos esbanjam criatividade, abrindo novas possibilidades de comércio.
Entre as novidades na área da culinária estão os cursos e oficinas de sonho de padaria, suspiro, quindim e torrone. Já no artesanato, os cursos de pintura, decoupagem e craquelê em MDF, tapete de nozinho e boneca de pano estão abrindo possibilidades de empreender para dezenas de usuários.
É o caso da costureira Fernanda Rodrigues Machado, que nunca havia manuseado linha e agulha de forma manual, mas conseguiu superar as dificuldades e descobriu uma nova habilidade. Mãe de três 3 filhos, ela não tinha qualquer experiência com artesanato, no entanto fez o curso de boneca de pano e já faz planos com os ganhos extras que espera a partir da venda dos produtos. “Fiz para aumentar a minha renda e me surpreendi comigo mesma. A professora é muito atenciosa e passa dicas importantes que facilitam o trabalho”, disse.
Já Nádia Franco Rocha Machado, mãe de duas meninas, aposta no amigurumi para contribuir com o orçamento familiar. Desempregada, ela conta que a única renda é do marido, por isso encarou o desafio e fez o curso no Cras Indubrasil. “Aprendi tudo do início porque nem sabia pegar na agulha. Aprendi muitos pontos artesanais e foi com muita insistência que concluí o curso. Desmanchei várias vezes os bonecos, mas nunca desisti e consegui me superar”, relatou feliz a dona-de-casa, que vislumbrando o sucesso desse tipo de produto artesanal, mudou o ramo de atividade para ajudar financeiramente a família.
Craque no bolo de pote e trufas, Maria José dos Santos Silva, agora aposta no torrone, outro queridinho das empreendedoras na área da culinária, para aumentar a renda da família.
“No Cras foi onde recebi incentivo para fazer trufas e vender bolo no pote e agora quero diversificar porque é difícil arrumar trabalho após os 50 anos”, ressaltou.
Apoio emocional
Mas as oficinas não oferecem apenas a possibilidade de um suporte financeiro. Para muitos usuários, elas representam a mão amiga, o abraço que chega em um momento de tristeza. Foi o que aconteceu com Perly Portella Pereira, mãe de cinco filhos.
Acolhida no Cras Aeroporto, ela não só aprendeu a arte da decoupage, como também recebeu o apoio emocional para superar a depressão e é só elogios à equipe.
“Tenho só a agradecer ao pessoal do Cras que me acolheu no momento mais difícil da minha vida, me dando um norte. O curso está me ajudando a levantar e eu estou conseguindo vencer graças ao apoio que estou recebendo no Cras”, afirmou Perly, que já domina várias técnicas de artesanato, mas esperava a oportunidade de se aperfeiçoar na decupagem. Ela ainda conta que uma das vantagens foi ter aprendido a produzir alguns materiais caseiros, como a cola utilizada nos objetos, economizando no produto final.
Mais de 1.985 usuários dos Cras, Centros de Convivência e Centros de Convivência do Idoso receberam certificados este ano após realizarem um dos mais de 60 cursos e oficinas nas áreas de beleza, culinária e artesanato. O número de alunos certificados já superou a meta do início do ano, que era contemplar 1,3 mil usuários.
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