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Consórcio Guaicurus entra na Justiça para manter ônibus em funcionamento

Empresas de ônibus se apegam à lei que define transporte coletivo como um serviço essencial

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Pedro Santos
(Foto: Luiz Alberto)

A greve dos motoristas de ônibus ainda não começou e já é alvo de ação judicial. O Presidente da Consórcio Guaicurus, João Resende, afirmou ao Diário Digital que os advogados da empresa já entraram na Justiça contra a greve. O pedido foi protocolado, nesta terça-feira(17). 

Segundo a Lei N° 7.783 de 1989, a “Lei de Greve”, a qual estabelece o transporte público coletivo como serviço essencial, garantindo assim uma porcentagem em funcionamento, com o intuito de não haver prejuízos. “Já foi protocolado. Os advogados entraram com o pedido”, confirmou o presidente. 

Além disso, João Resende explicou que haverá uma reunião com o Sindicato Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU/CG), caso o sindicato a solicite. 

“Nós estamos abertos ao diálogo. A Prefeitura não estabeleceu a nova tarifa. Estamos fazendo o possível”, declarou João Resende.

Greve  - O STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano) confirmou que amanhã (18), não haverá transporte coletivo em Campo Grande. A decisão foi tomada após Consórcio Guaicurus  não decidir sobre o reajuste salarial exigido pelos motoristas do transporte coletivo.

William Pereira diretor do STTCU afirmou que os ônibus só voltam quando a empresa resolve definir o reajuste da categoria. Desde de novembro os trabalhadores buscam pelo aumento salarial.  "Nós vamos parar por que o consórcio não quer reajustar o salario dos trabalhadores ", disse. 

Conforme o que foi averiguado em reportagens passadas pelo Diário Digital, desde novembro do ano passado, o sindicato dos motoristas está na espera do reajuste salarial de 16%. Entretanto, o Consórcio Guaicurus alegou várias vezes não conseguir bancar com tais gastos dado ao fato de depender do reajuste da tarifa, que é decretado pelo Governo Executivo Municipal.

Em dezembro de 2022, o presidente do STTCU pediu  o apoio da categoria para a paralisação do serviço, diante da demora do reajuste salarial. Em contrapartida, o presidente do Consórcio Guaicurus, João Resende, propôs o reajuste salarial de 6,46% para a categoria, caso a Prefeitura aumentasse a tarifa na mesma porcentagem proposta aos motoristas, conforme o que está na ATA da reunião do dia 27 de dezembro de 2022.

Segundo o vereador Alírio Villasanti, após essa tentativa de acordo, o sindicato dos motoristas optou por esperar pela definição da tarifa e, somente depois, voltar à mesa de negociação com o Consórcio Guaicurus.

“O sindicato atendeu ao nosso pedido até a definição das duas tarifas. Isso nos deu mais tempo e evitamos a greve. A população não saiu prejudicada. Esse tipo de situação atrapalha as atividades do dia a dia”, reforçou Villasanti.  

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