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Consórcio Guaicurus afirma que não tem dinheiro para pagar salários no mês que vem

Empresas só conseguiram juntar dinheiro para o pagamento do vale nesta terça-feira

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Redação
(Foto: Arquivo/ DD)

O Consórcio Guaicurus que reúne as empresas do transporte coletivo de Campo Grande (MS) afirma que não tem dinheiro para pagar o salário dos trabalhadores no mês que vem (dia 5 de Julho).

A informação foi repassada pelo advogado da empresa André Borges ao chegar à prefeitura da Capital para reunião que discutirá a crise no setor na tarde desta segunda-feira, dia 27 de Junho.

Ele detalhou que desde a paralisação dos trabalhadores na terça-feira passada, dia 21, todo o dinheiro que arrecadaram será usado para pagar o vale (40% de antecipação) dos funcionários nesta terça-feira (28). Porém, não há nada em caixa para o dia 5.

“Não tem dinheiro em caixa (para fazer o pagamento). Todas as empresas do consórcio, que são quatro, estão devedoras dos bancos. Não conseguem mais créditos”, mencionou o advogado.

Apesar disso, o advogado afirma que, pelo menos por enquanto, não há risco iminente de greve.

André Borges, advogado do Consórcio Guaicurus (Foto: Luiz Alberto)

A reunião desta segunda-feira com a prefeitura seria para ouvir uma proposta para solucionar o problema. Porém, ninguém tem certeza de que haverá um desfecho nesta segunda.

O encontro, aliás, não consta da agenda oficial da prefeita Adriane Lopes. Tanto que quando a imprensa chegou, assessores informaram que tal reunião não estava prevista.

Internamente, a prefeitura estaria em contato com o governo do Estado em busca de ajuda. Está sendo proposto que o governo estadual pague ao menos, em parte, o passe de estudante da rede estadual.

As gratuidades são consideradas um peso na situação financeira do Consórcio. Atualmente, as empresas já têm isenção do ISS e subsídios das passagens dos estudantes e doentes.

(Foto: Luiz Alberto Louveira)

Essa ajuda é de cerca de R$ 1 milhão por mês, enquanto o déficit é de R$ 5 milhões, segundo o advogado.

Outro problema é que o número de pagantes teria diminuído. Nos últimos 7 anos o Consórcio perdeu 70% do público que paga.

Na Capital, os ônibus transportam cerca de 150 mil pessoas diariamente.

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