Conscientização sobre o HPV destaca a importância da prevenção
Vacinação, exames regulares e hábitos saudáveis são essenciais para reduzir os riscos do Papilomavírus Humano


O Papilomavírus Humano (HPV) é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de lesões genitais e cânceres, incluindo o câncer de colo de útero, o terceiro mais comum entre as mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A infecção por HPV pode permanecer assintomática por longos períodos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, a prevenção é essencial para reduzir as complicações associadas ao vírus, sendo essa a principal estratégia do Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV, celebrado em 4 de março.
"A prevenção é sempre a melhor abordagem. Hábitos saudáveis, vacinação e o uso correto de preservativos reduzem significativamente o risco de contágio e suas consequências", afirma Marcelo Cordeiro, infectologista e consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde.
O Ministério da Saúde estima que entre 9 e 10 milhões de pessoas no Brasil estejam infectadas pelo HPV, com cerca de 700 mil novos casos por ano. A infecção por HPV é responsável por aproximadamente 50% dos casos de cânceres causados por vírus, incluindo os tipos 16 e 18, que estão fortemente associados ao câncer de colo de útero.
A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenção contra o HPV. No Brasil, existem duas versões da vacina: a quadrivalente, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18, e a nonavalente, que oferece cobertura ampliada para nove tipos do vírus (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58).
A vacina quadrivalente está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 a 14 anos e imunossuprimidos de 9 a 45 anos. A versão nonavalente pode ser encontrada na rede privada, sendo indicada para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos.
O esquema vacinal varia conforme a idade: são duas doses para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos e três doses para aqueles que iniciam a imunização após os 14 anos.
O diagnóstico precoce é essencial. Para mulheres, o exame de Papanicolau (citologia cervical) é o principal método para detectar alterações no colo do útero relacionadas ao HPV. Nos homens, é recomendada a consulta com um urologista para identificar possíveis lesões. Além disso, a genotipagem do HPV permite identificar os subtipos virais presentes, sendo essencial para avaliar o risco de desenvolvimento de lesões e câncer.
O acompanhamento médico regular é fundamental para prevenir o agravamento da infecção e suas complicações. O tratamento das lesões causadas pelo HPV pode incluir desde métodos químicos até procedimentos cirúrgicos, conforme o caso. Mesmo com tratamento, o HPV pode permanecer latente no organismo e se manifestar futuramente, por isso, o monitoramento contínuo é crucial.
"O acompanhamento médico regular é essencial, pois o HPV pode permanecer no corpo de forma latente e se manifestar em outro momento", conclui Marcelo Cordeiro.
A conscientização sobre o HPV e a adoção de práticas preventivas, como a vacinação e o acompanhamento médico regular, são essenciais para reduzir os riscos e complicações associadas ao vírus. A educação sexual e a informação qualificada sobre o HPV são ferramentas importantes para incentivar hábitos seguros e proteger a saúde pública.
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