Comerciantes cobram andamento de obra parada há meses na Gunter Hans
Serviços de corredor de ônibus foram interrompidos no início do ano sem previsão de retomada
Comerciantes da avenida Gunter Hans apontam prejuízos com obras de revitalização da via. Os trabalhos estão interrompidos desde o início do ano por conta de custos com materiais de construção e não possuem previsão para serem retomados. Às críticas dos empresários locais, somam-se a derrubada de árvores e problemas com as chuvas.
As obras iniciaram em março de 2021. O corredor de transporte público projeta a ligação entre as avenidas Gunter Hans, na saída para Sidrolândia, e Marechal Deodoro. No entanto, apenas a 'carcaça' das obras ficou no local, e os trabalhos, parados.
O proprietário de uma borracharia da região, José Carlos de Araújo foi o primeiro a apontar prejuízos com os trabalhos interrompidos. Ao Diário Digital, explica que o movimento de clientes caiu expressivamente com as obras do corredor de ônibus. "As obras estão paradas e isso está acumulando lixo. Principalmente porque as vezes alguns usuários usam drogas no corredor e deixam os rastros", detalha.
Outro ponto debatido pelos comerciantes é quanto ao tumulto que as obras inacabas trazem no trânsito, principalmente no horário de pico. Segundo José Carlos, a contagem máxima de acidentes que ele já registrou em um dia no local foi de três. "Precisa urgente de sinalização, de um semáforo. Correndo risco de ter acidente, porque a sinalização está precária", afirma.
As obras na Gunter Hans integram uma reestruturação promovida desde 2016 pela Prefeitura de Campo Grande a fim de trazer melhorias ao transporte coletivo da Capital, utilizado por cerca de 50 mil pessoas. Os serviços deveriam incluir a drenagem e o recapeamento da via. No entanto, parados, colaboram para o acúmulo de água e enchentes em épocas de chuva.
Vídeos cedidos à reportagem mostram a via inundada em dia de chuva intensa na Capital. A água fica alta e o barro chega a invadir alguns estabelecimentos locais. Tudo isso junto à falta de sinalização.
(Vídeo: Reprodução)
O comerciante Adelson dos Santos, de 57 anos, é um dos empresários da região prejudicados com as obras. Nos dias de chuva, a distribuidora de autopeças chegava a "encher de água". "Quando chovia, o barro entrava tudo aqui na loja. Agora com as valetas deu uma melhorada, mas é chover que inunda tudo aqui para baixo", explica.
Para Adelson, a expectativa de retorno das obras é baixa. "Acho que não volta não, agora que o Marquinhos [Trad, ex-prefeito de Campo Grande] abandonou", opina. Ainda neste ano, a Prefeitura de Campo Grande deu a largada para o recapeamento de um trecho de 750 metros da Gunter Hans, entre as ruas Rio Brilhante e do Tango.
A obra integra o projeto que prevê a execução de 35 quilômetros de recapeamento , trechos de 31 ruas, corredores viários de bairros localizados nas regiões urbanas do Anhanduizinho, Bandeira, Prosa e Imbirussu.
*A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Campo Grande para atualizações sobre o andamento das obras. No entanto, até a publicação desta, não obteve resposta.
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