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Combate à violência contra a mulher será divulgado em supermercados

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Redação
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Com o significativo aumento do número de casos de violência contra a mulher, durante o período de isolamento social devido à pandemia da Covid-19, a juíza Helena Alice Machado Coelho, coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em MS, decidiu intensificar as ações de enfrentamento a todo tipo de violência contra a mulher.

Assim, o Tribunal de Justiça, por meio da Coordenadoria da Mulher, firmou parceria com a Rede Econômica de Supermercados para realizar uma campanha de informação e sensibilização, objetivando conter o aumento dos casos de violência. A intenção é alcançar também o interior do Estado, já que a Rede tem 32 lojas, onde serão disponibilizados cartazes informativos.

A divulgação será realizada nas mídias sociais do TJMS e da Rede Econômica, além de tabloides de ofertas, sacolas plásticas utilizadas nas compras dos supermercados e cartazes: tudo para alcançar a população e ajudar a mulher que está sofrendo violência e não sabe onde ou como buscar ajuda.

“O material que trata sobre o enfrentamento de tão importante questão, em pouco tempo, terá alcançado muitas mulheres. Mesmo com o distanciamento social, as famílias compram produtos alimentícios, então esta é mais uma oportunidade de divulgar. Precisamos ajudar essas mulheres vítimas de violência que não conseguem romper o ciclo. Infelizmente, na grande maioria dos casos, o agressor está dentro de casa”, disse a juíza.

Helena deseja mostrar que é possível sim ajudar e livrar as mulheres da violência, que as vítimas não são culpadas pelas agressões que sofrem e o aumento da violência sofrida dentro de casa pode ser reduzido. Entretanto, ela ressalta que o passo mais difícil, que é pedir ajuda, precisa ser incentivado e as peças publicitárias informativas em locais de fácil acesso ajudam muito.

“Em média, 75% das mulheres vítimas de feminicídio nunca acessaram pelo sistema de justiça. Isso significa que nunca soubemos que eram vítimas de violência porque elas não procuraram a delegacia, não pediram medida protetiva. Invariavelmente, o feminicídio é cometido quando as mulheres já retiraram a medida protetiva, o que demonstra a efetividade da medida protetiva”, destacou a coordenadora.

Informação – Mulher, não aceite violência. Esta é a mensagem que estará em tabloides e sacolas plásticas dos supermercados, junto com os números dos serviços onde é possível buscar auxílio. Sãos dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190.

Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres em todo o Brasil.

As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher no Brasil é um problema sério no país.

De acordo com o art. 7º, da Lei nº 11.340/2006, a chamada Lei Maria da Penha, são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher a violência física, violência psicológica (ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir); violência sexual, violência patrimonial e violência moral (calúnia, difamação ou injúria).

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