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Com o preço do café nas alturas o jeito é mudar a marcar e diminuir o consumo

Para não perder clientes, comerciantes tem feito verdadeiro malabarismo para continuar vendendo

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Verônica Anchieta
Café pronto para ser moído (Foto: Luciano Muta)

Com o aumento da safra de café, campo-grandenses precisam sambar para manter o tradicional cafezinho na mesa, seja trocando de marca ou reduzindo o consumo. Mas o que não pode faltar é o café do dia a dia. Nesta quarta-feira (12), a equipe do Diário Digital foi às ruas do centro da capital para ouvir tanto os consumidores quanto os revendedores, a fim de descobrir o que estão fazendo para não perder o hábito e nem a clientela.

Henrique de Castro, de 35 anos, especialista e comerciante de grãos de café há mais de 10 anos, explica que decidiu investir não apenas na qualidade, mas também na variedade. Ele encontrou uma forma de se destacar e manter a clientela, oferecendo o verdadeiro café gourmet. Em seu comércio, é possível saborear o tradicional cafezinho servido no copo, preparado com café torrado e moído na hora, ou até mesmo levar os grãos frescos para casa. Basta trazer o próprio recipiente ou saquinho e comprar apenas a quantidade que for consumir, o que permite ao cliente escolher os grãos na hora e ainda garantir um desconto na compra, “Então os clientes já ganham desconto nessa modalidade de compra, essa é mais uma maneira de conscientização, menos desperdício e um consumo mais consciente. As pessoas não compram mais para estocar na despensa de casa, você vai comprar o que for consumir. Aqui trabalhamos em uma torra bem equilibrada que vai preservar os grãos e qualidade, porem dando a chance das pessoas tomarem o verdadeiro café gastando pouco, então a gente colocou a xícara que vai de cinco reais até 16 reais, paras as pessoas terem a chance de provar, porque vai que ela não gosta e não quer levar um pacote, pelo menos ela aprovou e não gastou 30, 40 em café”, relatou comerciante. 

 Tradicional cafezinho servido no copo, preparado com café torrado e moído na hora (Foto: Luciano Muta)

Já para consumidores como Sandra de Cavalhere, de 58 anos, que tem um vício pelo café, a solução foi adotar uma estratégia: trocar de marca para não reduzir o consumo e nem perder o hábito, “ É um vício né eu não largo de tomar é difícil largar. Então eu resolvi mudar agora, comprando do mais barato. A qualidade não é tão boa, mas a gente vai fazer o que né”, relatou Sandra.  

Sandra de Cavalhere, de 58 anos (Foto: Luciano Muta)

Para Elio Sabino de 64 anos, por ter um hábito recorrente, a comprar do café está compensando, pois segundo ele, a inflação está em todos os produtos e com o café não seria diferente. Com a seca da safra o aumento do café foi inevitável, para Elio isso está relacionado com as empresas do agronegócio que aumentam o valor da exportação, “ Para mim está compensando, café é um hábito. Eu acho assim, no meu modo de entender, o que faz tudo subir se chama empresário do agronegócio, eles procuram esses meios para acrescentar e criar impostos, amoitando o café e colocando preço em cima. A carne e o arroz eram o vilão, agora é a vez do café”, esclareceu Elio”.  

 

Elio Sabino de 64 anos (Foto: Luciano Muta)

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