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Com novo rim, Sérgio vai passar o Dia dos Pais ao lado dos filhos

Após dois anos de luta, paciente comemora transplante bem-sucedido e faz planos para aproveitar a vida em família

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Redação
(Foto: Divulgação)
Há duas semanas o funcionário público Sérgio Ferreira da Silva, o “Serginho”, como é conhecido por todos, deixou o Hospital da Unimed Campo Grande com a confiança de que a vida lhe deu nova perspectiva, após o transplante de rim.  “É uma nova oportunidade de conviver mais tempo com eles. Dar mais carinho e mais atenção aos meus filhos, poder brincar e fazer coisas que por esse tempo não pude fazer. Tenho certeza que retomaremos a nossa rotina”.
 
Sérgio passou dois anos em tratamento, uma rotina extenuante que incluía quatro diálises peritoneais diárias e diz que, além do apoio incondicional da família, também teve suporte de amigos de trabalho. “Quando acontece uma coisa dessas, a gente passa a ter um olhar diferente das coisas. Percebe que por algumas, pequenas, não vale a pena se chatear; aprende a ser mais tolerante”. Esposa de Sérgio, Valéria Vilhalba Ferreira, conta que a relação do casal, que já completa nove anos, sempre foi de cuidado mútuo e muita parceria. “Ele cria meu filho desde um ano e oito meses e sempre ofereceu educação, saúde, carinho e o conforto de um lar com muita alegria. Depois, nossa família aumentou com mais um menino”.
 
Valéria relembra que os meninos, hoje com cinco e 10 anos de idade, sofreram ao acompanhar a luta e ausência do pai, que, em função da condição médica, sentia extremo cansaço para atividades básicas, como ir ao parque, pescar e pedalar. “Hoje o projeto deles é pescar, fazerem de tudo, aproveitar o máximo possível juntos”.
(Foto: Divulgação)
 
Enfermeira do Hospital Unimed Campo Grande, Sabrina Oliveira Cangussu, conta que essa foi sua primeira experiência acompanhando o paciente desde a internação até o pós-transplante, uma grande responsabilidade e, ao mesmo tempo, uma vivência gratificante. “Quando trabalhamos com pacientes de transplante, há prioridade, porque o órgão é tempo e todo cuidado precisa ser muito bem orquestrado. O Sérgio é muito colaborativo e isso tudo contribuiu para o sucesso do transplante. Não tem nada mais recompensador do que devolver ele para a família”, relata.
 
Cuidados – Nefrologista da Unimed CG, Dr. Alexandre Cabral, que acompanhou Sérgio até o recebimento do novo órgão, pondera que o transplante é um tratamento para a insuficiência renal, com benefícios e riscos. “É importante deixar claro que, mesmo e quando essas complicações acontecem, há tratamento disponível e não haverá maiores problemas de longo prazo na grande maioria das vezes. Mesmo com esses possíveis contratempos, o transplante renal é a melhor opção de tratamento para a insuficiência renal, pois proporciona mais tempo e qualidade de vida aos nossos pacientes”.
 
No pós-transplante, explica o especialista, é muito importante adotar cuidados quanto às possíveis complicações advindas dos medicamentos que evitam a rejeição do novo órgão. Esses medicamentos diminuem a capacidade do sistema imunológico de combater alguns tipos de infecções e, desta forma, o transplantado renal tem maior risco de desenvolver infecções oportunistas. “É por esse motivo que no pós-transplante, o paciente renal precisa de um acompanhamento médico muito próximo, particularmente nos meses iniciais”, diz Dr. Alexandre. São colhidas amostras de sangue para avaliar a toxicidade e ajustar a dose dos medicamentos, avaliar se o novo órgão está funcionando bem e se não está ocorrendo a rejeição.
(Foto: Divulgação)

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