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Com greve no interior, IFMS da Capital vai suspender aulas da próxima semana

Três unidades da IFMS estão com atividades suspensas por conta da greve iniciada na quarta-feira (3)

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Raiane Carneiro
Campus da Capital está com atividades parciais (Foto: Divulgação)

A unidade do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) na Capital vai suspender as aulas dos cursos técnicos integrado e de outros como superior e especializações na próxima semana. Essa suspensão está prevista para ocorrer a partir do dia 8 e vai até o dia 12 de abril. A medida ocorre em função da greve que os servidores públicos federais deflagraram nesta semana.

A greve no IFMS começou na quarta-feira (3), com suspensão total das atividades nos campus de Ponta Porã, Corumbá e Dourados. As demais unidades estão funcionando parcialmente. Campo Grande manteve as aulas, porém, para a próxima semana, serão suspensas as atividades.

Segundo o diretor-geral do campus de Campo Grande, Dejahyr Lopes Junior, a interrupção nas aulas se fez necessária diante do quadro atual. "Nesta semana tentamos acomodar as aulas com os professores que não aderiram a greve. No entanto, prezando pela capacidade de organização pedagógica dos trabalhos e aumento na adesão, optamos por suspender os cursos técnicos integrado e outros como superior e especializações", explicou.

Com a medida, 1.500 alunos dos 2 mil que integram os cursos devem ser afetados. Apesar da suspensão, o diretor-geral garantiu que estão mantidas as “atividades letivas para os mestrados, subsequentes e uma das engenharias”.

O movimento não atinge só o IFMS. De acordo com a Seção Sindical dos Docentes da UFMS (Adufms), a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) está em estado de greve, ou seja, pode ser deflagrado greve a qualquer momento com paralisações eventuais. Além disso, a Adufms informou que a categoria nacional estava em negociação com o governo federal que resultou em um reajuste emergencial. No entanto, neste ano, o governo ofereceu reajuste no ticket alimentação ao invés do reajuste, o que não foi aceito pela classe.

UFMS está em estado de greve com possibilidade de paralisações (Foto: Vinicios Carvalho/Rede Social UFMS)

A greve - Os servidores públicos federais pedem a reposição de quase 40% de perdas dos salários que ocorreram desde 2017. O último reajuste salarial dos servidores públicos federais ocorreu em 2016, após uma greve feita no ano anterior. Nesta ocasião, o valor foi parcelado em quatro vezes e foi pago até o ano de 2019. A greve não tem previsão para acabar.

Por meio de nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que o governo reafirmou em fevereiro deste ano a proposta de reajuste de 9% em duas parcelas para os próximos dois anos, com a primeira parte caindo em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026. A pasta federal reforçou ainda que com esta proposta e os 9% concedidos no ano passado, os servidores teriam um reajuste acumulado de mais de 18%. O ministério destacou ainda que formalizou uma proposta para 2024 de reajuste no auxílio-alimentação, que sairia de R$ 658 e passaria para R$ 1 mil além de aumento em outros benefícios.

Confira a resposta da pasta federal na íntegra: 

 Em 2023 o Ministério da Gestão viabilizou, a partir de negociação com as entidades representativas dos servidores federais,  reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio alimentação. Esse foi o primeiro acordo para reajustes fechado entre o governo e servidores em oito anos.  

Na primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) no ano de 2024, realizada no dia 28 de fevereiro, o governo reafirmou a proposta do reajuste de 9% em duas parcelas para os próximos dois anos, sendo a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026.

Com essa proposta, mais os 9% de aumento já concedidos no ano passado, os servidores terão um reajuste acumulado nos 4 anos de mais de 18%. Também foi formalizada proposta, para este ano de 2024, de reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (51,9% a mais); de aumento em 51% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar (“auxílio-saúde”); e, ainda, de acréscimo na assistência pré-escolar (“auxílio-creche”) de R$ 321 para R$ 484,90.

Como parte do processo de debates sobre reajustes para o ano de 2024, foram abertas mesas específicas para tratar de algumas  carreiras, resultando em dez acordos firmados e oito em andamento, incluindo o acordo com os servidores da carreira de Técnico-Administrativo Educacional e Docentes.

Especificamente para a carreira educacional, os Ministérios da Gestão e o da Educação criaram um Grupo de Trabalho (GT) para  tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que  será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação.

A recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal, para recuperar a capacidade de atuação do governo para  a execução de políticas públicas, é pauta prioritária do Ministério da Gestão, que vem atuando dentro do possível e dos limites orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal. 
 

[matéria alterada às 17h38 para acréscimo de informação] 

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