Cobra exótica tem nome escolhido pela população, Capitu

A cobra píton albina (Python bivittatus) fêmea, nova moradora do Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), já tem nome, é Capitu. As outra opções apresentadas na enquete realizada em rede social foram Iracema e Paraguaçu.

Capitu, em alusão à personagem do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis, teve 59% da preferência dos votantes, seguido por Iracema 33% e Paraguaçu, com 7%. A enquete foi realizada no domingo, 24 de Novembro, no Instagram. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira, 25.

O animal de 2,5 metros de comprimento ganhou uma nova oportunidade de vida no Bioparque Pantanal -- maior circuito de água doce do mundo.

Impossibilitada de retornar à natureza em razão da perda das suas defesas naturais e por se tratar de um animal exótico, a píton terá um papel importante na educação ambiental, voltado para estudantes e o público em geral, como explica a diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri.

“O Bioparque desempenha um papel primordial na Educação Ambiental e na conservação da biodiversidade, alinhando-se ao conceito moderno de aquários e zoológicos”, frisa a diretora. Ainda segundo ela, "as serpentes despertam grande curiosidade na população e têm um papel fundamental na ciência, na preservação do meio ambiente e no controle populacional de outras espécies”.

Abaixo de vídeo de apresentação da nova moradora do Bioparque Pantanal:

Resgatada de circo - A píton foi resgatada pela PMA (Polícia Militar Ambiental) em um circo no município de Amambai, onde era usada como atração circense até 2023. O uso de animais em apresentações é proibido no estado de Mato Grosso do Sul, conforme a lei estadual nº 3.642/2009.

Considerada uma das maiores espécies de serpentes do mundo, a píton pode atingir até oito metros de comprimento e pesar 100 kg na fase adulta. A espécie é originária do continente asiático e é considerada exótica no Brasil, ou seja, não pertence à fauna local.

Essas serpentes habitam florestas tropicais úmidas, manguezais e planícies alagadas em países como Bangladesh, Camboja e Laos. Apesar de suas grandes dimensões atuais (2,5 metros de comprimento e 8 kg), a píton do Bioparque Pantanal é considerada jovem, com idade estimada em três anos, e pode viver até 30 anos.