Chuvas da madrugada derrumbam ainda mais ponte do Lago do Amor
Comerciantes locais afirmam dimunuição das vendas com interdição da avenida Senador Filinto Muller
A ponte do Lago do Amor nas imediações da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande (MS), foi mais uma vez afetada pelas fortes chuvas ocorridas entre a noite desta sexta-feira (31) e a madrugada deste sábado (1º). Hoje, a estrutura amanheceu quase completamente no chão, e cratera da calçada, aumentou.
Desde a tarde de ontem a via segue prejudicada pelas chuvas. Grande parte da avenida Senador Filinto Muller desabou. Uma das partes da via é interditada para evitar desastres com pessoas ou animais.
O comerciante Carlos Monteiro vende coco no local há três anos e explica que, desde janeiro, quando cedeu pela primeira vez, também em razão das chuvas, as vendas na região caíram. “Cada vez mais a cratera vai aumentando. As pessoas têm medo de andar por aqui, então diminuiu bastante o movimento”, ressalta.
A diminuição dos clientes é um favor de peso também para Vanusa Nascimento. A comerciante trabalha com a venda de alimentos na região nos finais de semana e feriado. Contudo, ressalta que o desmoronamento de parta da avenida é um impacto na vida das pessoas que por ali passam. “Afetou a vida de muita gente, que tem essa trajetória para ir e voltar de outras partes da cidade”, detalha.
A comerciante explica que alguns clientes reclamam de medo e da demora na manutenção da via. “Falam que precisam dar uma volta gigantesca para chegar até aqui”, conta. Ainda, afirma que as interdições na pista já foram cenário de três acidentes. “Muitos carros e motos passam na contramão. Já tivemos três acidentes desde a interdição daqui. Se tiver mais uma chuva, acho que esse asfalto não aguenta”, opina.
Trecho desmoronou mais ainda - (Vídeo: Suzy Jarde)
Tanto Carlos quanto Vanusa ressaltam que apenas um lado da via que fica em frente do Lago está interditado, não o Lago em si.
Desde janeiro - A passagem que fica entre o guard rail e o lago desabou durante as enxurradas fortes de 04 de janeiro. A pista é considerada de risco, já que o asfalto apresenta rachaduras. No mesmo dia, a Agência de Transporte e Trânsito da Capital (Agetran) interditou o trecho.
No mesmo mês, operários da prefeitura de Campo Grande (MS) iniciaram a preparação para as obras de recomposição do local. As obras persistem desde então.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para apurar o andamento dos reparos antigos e realização de mais reformas quanto ao novo desmoronamento, porém, até a publicação desta matéria, não obteve retorno.
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