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CGE-MS avança de nível no Modelo de Capacidade de Auditoria Interna

No Brasil, apenas seis controladorias possuíam nível 2 do Modelo de Capacidade de Auditoria Interna

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Redação
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(Foto: Thaiane Firmino/Divulgação)

A Controladoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul (CGE-MS) conquistou a validação do nível 2 do Modelo de Capacidade de Auditoria Interna (IA-CM). No Brasil, até então, apenas seis estados possuíam esse nível da autenticação, que é reconhecida internacionalmente. Recomendado pelo Conselho Nacional de Controle Interno (CONACI), o modelo conta com cinco níveis e percorre mais de 40 macroprocessos. 

Para o controlador-geral do Estado de MS, Carlos Eduardo Girão de Arruda, a conquista é fruto de muito trabalho e dedicação. “Atribuímos esse progresso a três fatores: envolvimento de todos os auditores do Estado; percepção da importância da melhoria de processos como forma de garantir um resultado mais efetivo e, cientificamente, embasado; e a designação de um auditor com dedicação exclusiva para compreensão dos macroprocessos, estudo comparativo e aplicação em cada uma das etapas do processo de auditoria”, destacou.

Arruda acrescentou ainda que a certificação é uma sinalização de que a CGE-MS está na trilha certa. “É um caminho com muito esforço e todos estão cientes disso. Com o reconhecimento dessa passagem para o nível 2 fortalecemos o espírito para continuar perseguindo melhorias nos processos de auditoria. O propósito é que alcancemos maior eficiência de maneira contínua. É importante considerar, também, que o Estado do Mato Grosso do Sul passou a ter um reconhecimento maior dos resultados do trabalho de auditoria em âmbito nacional, já que no Brasil são poucas as unidades que ostentam o nível 2 no IA-CM”, finalizou.

Entre os benefícios advindos da validação está a geração de confiabilidade do sistema de controle interno para instituições financeiras internacionais. Isso porque a autenticação confirma o aperfeiçoamento dos processos de governança, gestão de riscos e controles. Segundo a auditora-geral do Estado de MS, Patrícia Helena Campos Leite Salamene, o resultado traz credibilidade para a CGE-MS, sim, mas principalmente para o Poder Executivo Estadual.

“É uma garantia a mais na concessão de apoio financeiro para o desenvolvimento de projetos, pois a validação significa o atendimento das normas internacionais de controle interno e, portanto, corresponde à melhoria contínua das atividades desenvolvidas pela Auditoria-Geral do Estado (AGE-MS). Em outras palavras, a confirmação do aprimoramento constante dos processos finalísticos eleva o nível dos resultados e, além de contribuir com o alcance dos objetivos estratégicos da gestão, agrega valor nas entregas para o cidadão que, normalmente, se consolidam por meio de políticas públicas, afirmou. 

Além de analisar questões relativas à adequação legislativa, as auditoras abalizadoras do IA-CM verificaram quesitos como capacitação, qualidade, comunicação institucional e grupos de trabalho. “O objetivo da metodologia é promover a otimização dos trabalhos de gerenciamento da auditoria interna. Por isso, primeiro é feita uma avaliação pela própria equipe para verificar se todas as atividades consideradas essenciais para esse modelo estão implementadas. Em seguida, é feita a validação externa – etapa que desenvolvemos aqui”, explicou a especialista em políticas públicas e gestão governamental que atua no grupo técnico de auditoria da CGE de Minas Gerais, Marília Junqueira.

O processo de validação do nível 2 do IA-CM na CGE-MS ocorreu em duas etapas, tendo sido iniciado na manhã da última quinta-feira (11) e finalizado na tarde do dia seguinte. “Trata-se de uma metodologia conceituada e que foi muito debatida. Surgiu em 2009, mas já passou por atualizações em 2017 e 2019. Embora ela não seja um fim em si mesma, traz clareza para a gestão em relação às modificações necessárias para que os objetivos sejam alcançados com êxito. Nesse sentido, o resultado da CGE-MS foi bem positivo. Passamos dois dias validando todas as atividades realizadas pelo Órgão e percebemos uma auditoria interna fortalecida e que atua com efetividade”, afirmou a auditora de Estado da CGE do Ceará, Ana Luiza Cruz.

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