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Cerca de 340 famílias do Jardim Sayonara recebem título de regularização fundiária

Famílias integram a antiga ocupação consolidada, existente há mais de 30 anos na Capital

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Victória de Oliveira
Famílias foram contempladas após 30 anos no aguardo - (Foto: Divulgação)

Cerca de 340 famílias do Jardim Sayonara, comunidade localizada na Região Urbana do Imbirussu, foram contempladas com assinatura e entrega dos contratos de regularização fundiária da região. As famílias integram a antiga ocupação consolidada, existente há mais de 30 anos na Capital, que agora tem um documento válido que garante a posse dos imóveis.

A cerimônia de entrega foi realizada na noite desta segunda-feira, 15 de agosto. Mais de 1.300 pessoas são beneficiadas diretamente com a regularização fundiária de suas moradias no Sayonara. A medida proporciona uma série de vantagens para a comunidade: facilita o financiamento para executar melhorias nas habitações, preserva o patrimônio da família, acesso a todos os serviços públicos do município e valorização dos imóveis.

Considerada uma das fundadoras da ocupação, Maria Tereza, de 75 anos, comemora este momento. “Era apenas uma fileira com 15 barracos e muita vontade de prosperar na vida. Fui garçonete e criei três filhos trabalhando muito. Estou muito feliz porque a Prefeitura resolveu de vez a regularização da nossa casa”, explicou.

O título de regularização, entregues nessa segunda-feira, baseia-se pela Lei Federal de Regularização Fundiária n. 13465 em vigor desde 2017. Ela permitiu que a Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf) pudesse destravar os projetos que se encontravam suspensos, proporcionando subsídios para solucionar, em definitivo, casos como o da ocupação irregular Nova Esperança e do Jardim Sayonara, com mais de 30 anos na irregularidade.

A presidente da Associação de Moradores do Jardim Sayonara, Valdelice Pereira da Silva, 59 anos, é carinhosamente conhecida na comunidade por “Neguinha do Sayonara”. A liderança morava de aluguel, quando decidiu montar um barraco de lona na região, em 1986. “Fiquei viúva muito cedo. Eu tinha 26 anos e ele 27, quando faleceu de ataque cardíaco. A minha filha era bebê e foi um desafio muito grande. Eu vivi humilhações quando morava de aluguel, porque o dono sempre queria vender a casa”, relembrou a presidente da associação.

(Com informações da Prefeitura de Campo Grande)

 

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