Carnaval de Corumbá tem homenagem a Almir Sater e exuberância pantaneira
Apresentações deste anos estava rodeada da fauna, comunicação e São João
Escolas de sambas de Corumbá levaram muita homenagens do primeiro dia de festa de carnaval ao último dia de desfile, como: o homem Pantaneiro, Almir Sater e até a figura do Zé Pilintra, uma entidade espiritual marcaram presenças na avenida e os enredos foram apresentados cada uma com a sua peculiaridade de axé, amor, fé e sonhos de um panteiro que é a raiz da nossa cultura Sul-Mato-Grossense.
Na primeira noite dos desfiles das escolas de samba contou com a apresentação da A Pesada. A escola homenageou o médico corumbaense, que foi radicado em Campo Grande, Victor Rocha. O enredo "De Corumbá nasce o sonho de um pantaneiro, de Campo Grande,realização de um doutor Victor Rocha, um menino sonhador” foi defendido por 1.100 componentes divididos em 20 alas.
Sendo a atual bicampeão do carnaval Corumbaense, Mocidade da Nova Corumbá homenageou o cantor, compositor e ator de Sul-Mato-Grossense, Almir Sater. Por compromissos de agenda, o músico não participou do desfile da agremiação, que foi domingo (11) de fevereiro.
A escola estava com 750 integrantes em 20 alas, na avenida era possível destacar a transformação do samba num palco para as histórias que só encontramos aqui, co letras e canções do músico. Obras que se confunde com a história e identidade pantaneira e do Mato Grosso do Sul.
A Estação Primeira do Pantanal, escolheu por um tema local, trouxe uma realidade do cotidiano corumbaense, que enalteceu a necessidade de priorizar a preservação ambiental. O enredo “Das Águas do Xaraés, o Ciclo da Vida. A Exuberância da Fauna e Flora, surge uma Comitiva de Esperança” mostrou a ligação pantaneira com o ciclo das águas, seca, cheia, e que na vida tudo se renova, assim, como o carnaval. Estava com 700 integrantes em 16 alas.
Unidos da Major Gama apresentou a história da comunicação e suas inúmeras maneiras de informar. A canção "Fios da União: Nossa Pomba conectando um povo de fibra", proporcionou uma viagem a história referente a arte de comunicar desde a gravuras rupestres à era da internet. A Gama deve participação de 900 componentes em 19 alas.
Segundo a programação, o luxo se destacou em todas as escolas que passaram pela avenida, a escola Unidos da Vila Mamona criou um desfile que engradeceu a natureza; as flores e sua beleza como aromas e cores, com enredo “O Voo da Águia no Jardim da Vida sob o Perfume das Flores, das Cores e dos Sentidos”, a vila teve 900 componentes em 21 alas.
Ao “mestre do mundo do carnaval”, Ranulfo Galleano, foi a temática da Imperatriz Corumbaense neste ano, a homenagem da escola também, trouxe um enredo "Imperatriz Celebra em Sintonia de Pardais, a Mãe que Ensina, Faz e Canta o Imigrante, foi composta com 600 integrantes, em 10 alas, o principal ponto da escola foi conta a história do próprio carnavalesco na Avenida. E as fantasias do simbolo Corumbaense o Futebol Club; amor pela folia de momo e sua trajetória como professor.
Os Acadêmicos do Pantanal investiu no tradicional, a festa popular de Corumbá de São João. O enredo "Banho de São João de Corumbá, Patrimônio Cultural e Imaterial do nosso Pantanal", a escola teve 500 componentes em 16 alas e trouxeram as origens da festa que reune o sagrado e o profano na beira do rio Paraguai na noite de 23 para 24 de junho.
no desfile contaram que a o São João Pantaneiro é único, por sua tradição do banho de batismo da cultura portuguesa e a incorporação de danças indígenas e africanas onde se destacam os cantadores de cururu e suas violas de cocho e as cirandas do siriri no levantamento do mastro do santo. Esse é um costume que remete ao batismo de Jesus, feito por João Batista no Rio Jordão, e revela a mistura entre o catolicismo e outras religiões de matriz africana como umbanda e candomblé, celebrando a presença de João (Católico) e Xangô (Africano) na festividade. Mostrou o caminho percorrido até o reconhecimento como Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil.
Na Avenida o Grêmio Recreativo Escola de Samba Caprichosos de Corumbá desmitificou a figura do Zé Pelintra, uma entidade espiritual bastante conhecida nas tradições Afro-brasileira, o enredo "Salve Zé, salve os malandragem" colocou a imagem negativa fora da festa, que malandro e maldade são apenas sinônimos. Zé Pelintra é chamado de malandro pelo motivo, "por ser esperto como um tigre, astuto como um águia, sagaz como uma coruja e ágil como uma serpente". É dono de espírito humilde, de bondade e alegria no seu modo de ser por gostar da boemia, da vida noturna, da malandragem e ser apaixonado por bares, jogos e disputas. Pelintra teve vida de sofrimento. Como muitos brasileiros, teve sua dignidade colocada à prova. Mas, deixou esta vida sem rancores e, após sua morte, teve elevação espiritual. Grêmio estava apresentado por 650 componentes e 13 alas.
Passaram pela avenida mais de 8 mil foliões do Samba entre a noite de sábado, 10, e a madrugada deste domingo, 11 de fevereiro, durante os desfiles dos 11 blocos filiados à Liga Independente dos Blocos Carnavalescos de Corumbá (LIBLOCC). Um grande público lotou as arquibancadas, acompanhou a festa aberta pela apresentação da Corte de Momo.
Primeiro a desfilar, o bloco ‘Flor de Abacate’ levou para a Avenida o enredo “Clarinha a luz do seu sorriso está viva no Flor de Abacate”. O desfile foi uma homenagem à Maria Clara, que aos quatro meses de idade foi diagnosticada com síndrome de Down. Ela amava o palco, a música e o teatro e teve parada cardíaca durante ensaio para apresentação de balé e desencarnou. Clara é ícone de inclusão social na cidade.
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