Captação de órgãos feita no Humap-UFMS ajuda quatro vidas
Equipe de Brasília realizou procedimentos, juntamente com a equipe do hospital, e retirou rins e córneas


equipe de profissionais do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS), filiado à Rede Ebserh, juntamente com profissionais oriundos de Brasília (DF) realizaram o procedimento cirúrgico de captação de órgãos para transplante.
A doação veio de um paciente de 66 anos, vítima de AVC, que, infelizmente não sobreviveu. Após a confirmação da morte encefálica por protocolo, a família foi informada e entrevistada e aceitou a doação dos órgão e tecidos.Mesmo nesse momento de dor e perda, com esse gesto altruísta da família, foi possível captar dos dois rins e as duas córneas, que puderam ajudar mais quatro vidas que estavam a esperada de transplantes.
De acordo com o enfermeiro assistencial do Humap- UFMS e coordenador da Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, Guilherme Henrique de Paiva Fernandes, o processo de doação, captação e transplante de órgãos é bem complexo e demanda muito trabalho de toda equipe, desde os profissionais que verificam um provável doador, a equipe que faz o diagnóstico e a manutenção do potencial doador, aqueles que realizam a captação dos órgãos, chegando à equipe que realiza o transplante.
“Mas tudo isso não seria possível sem o gesto de amor à vida dos familiares, que mesmo em um momento difícil, na perda de um ente querido, conseguem pensar no próximo que, nesse momento, pode salvar outras vidas. Então fica nossa gratidão à família do doador que aceitou a doação. É um pedido que sempre fazemos: que avise sua família que você é um doador de órgãos, isso pode fazer a diferença e salvar muitas vidas. Sobre a captação de domingo a equipe verificou que o paciente poderia estar em morte encefálica na sexta-feira, foi acionado a OPO da Santa Casa para nos dar o suporte, os médicos fizeram todos exames e confirmaram a morte encefálica declarando óbito do paciente nesse momento. Conversado com familiares se aceitavam a doação dos órgãos, eles aceitaram. A partir desse momento foram realizados procedimentos para o transplante, alguns exames para ver como estavam os órgãos e para ver a compatibilidade com o receptor dos órgãos. No domingo de manhã foi realizada a captação dos órgãos e encaminhados para os lugares para os procedimentos de transplante”, explica Guilherme.
Para a superintendente do Humap-UFMS, Dra Andrea Lindenberg , os trabalhos desenvolvidos pelas equipes do Humap na captação ativa de doação de órgãos e colaboração com outras instituições para os transplantes é extremamente significativo e importante: “além de ser uma oportunidade de capacitação de nossos profissionais, ainda pode salvar muitas vidas que estão no aguardo”.
Este foi um trabalho que envolveu diversas equipes do Humap: CTI Adulto, Retirada de Órgãos, Centro Cirúrgico e Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Além da participação da Organização à Procura de Órgãos (OPO) e Central Estadual de Transplante (CET).
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